Tesouro Direto compensa?

Lu do BPC

| 10 minutos para ler

homem de camisa azul organizando uma pilha de moedas enquanto faz contas em uma calculadora

Resumo da matéria

  • O que é Tesouro Direto?
  • Qual é a Rentabilidade do Tesouro Direto Hoje?
  • Quais são os tipos e como funcionam os títulos de Tesouro Direto
  • Dicas para escolher o melhor Tesouro Direto para você
  • Relação do Tesouro Direto e a Taxa Selic
  • Vantagens
  • Então, quando o investimento no Tesouro vale a pena?
  • Desvantagens
  • Dicas para ter Mais Rendimento ao Investir
  • Taxas e Custos

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O investimento no Tesouro Direto tem chamado a atenção dos brasileiros. Isso se deve principalmente à sua rentabilidade, superior à poupança, e segurança.

O Tesouro Direto é um título emitido pelo Governo Federal e funciona como um empréstimo.

Dessa forma, você investe o seu dinheiro e o recebe acrescido de juros na data de vencimento, que é definida no momento da compra. Por isso, os títulos do Tesouro Direto tornaram-se uma das estrelas da renda fixa – e não é por acaso, já que você pode começar a investir nesses ativos a partir de apenas R$ 100.

Um dos motivos mais importantes que levam muitas pessoas a investir em Tesouro Direto é o risco dessas operações, que tende a ser muito baixo, pois o governo federal é o emissor.

Independente do seu planejamento financeiro ser de curto, médio ou longo prazo, saiba que o Tesouro Direto possui variadas opções para você.

No entanto, antes de investir nas opções do Tesouro Direto, você precisa entender como os títulos públicos funcionam, quais as taxas do Tesouro, como investir e qual a categoria mais adequada para a sua carteira.

Para isso, preparamos um guia completo e atualizado para você aprender absolutamente tudo sobre Tesouro Direto. Veja a seguir.

O que é Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um título público de renda fixa. Ele é emitido pelo Tesouro Nacional, que é um órgão do governo federal junto com a Secretária do Tesouro Nacional (STN).

Assim, qualquer pessoa pode “emprestar” dinheiro para o governo através do investimento em um título do Tesouro Direto.  A remuneração pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida.

Na sequência, vamos explicar quais são as opções de títulos públicos para você investir no Tesouro Direto.

Qual é a Rentabilidade do Tesouro Direto Hoje?

O Tesouro Direto conta com títulos atrelados à inflação e à taxa básica de juros, a Taxa Selic, além de opções com rendimento prefixado, definido por um indicador acordado em contrato.

Nesse sentido, com a Selic a níveis cada vez menores e a inflação controlada, a rentabilidade do Tesouro Direto é menor do que já foi há alguns anos.

A taxa básica está em 4,5%, o que prevê um rendimento próximo disso para o Tesouro Selic,  que é uma das modalidades oferecidas.

Contudo, considerando o efeito dos impostos, essa rentabilidade pode apresentar leves variações para baixo. Mas isso são apenas projeções, é claro.

Para conhecer o retorno de uma aplicação, leve em conta que a inflação está estimada em 4,00% ao ano, o que pode tornar o rendimento dos títulos atrelados a ela menos atrativo.

Mas a parte interessante, no entanto, é que o Tesouro IPCA +, indexado à inflação, ainda conta com uma parte prefixada, o que pode aumentar a rentabilidade do investimento.

No cenário atual, com juros mais baixos e inflação sob controle, o Tesouro Direto, assim como a maior parte dos produtos de renda fixa, tende a apresentar um retorno menor.

Isso não significa que esses investimentos deixaram de ser interessantes, só precisam estar alinhados com seus objetivos.

O Tesouro Direto continua sendo uma boa opção tanto para quem está começando e precisa de investimentos mais seguros, tanto quanto para os investidores mais experientes, como forma de diversificar a carteira.

imagem ampliada de uma mão organizando uma pilha de moedas de forma crescente

Leia mais: Poupança: como funciona?

Quais são os tipos e como funcionam os títulos de Tesouro Direto

O Tesouro Direto consiste em um empréstimo do seu dinheiro para o governo. Em troca, você recebe uma rentabilidade, que funciona conforme o tipo de título.

Mas o que é preciso para investir no Tesouro Direto?

Antes de investir, você precisa entender sobre cada categoria para escolher a mais adequada para os seus objetivos.

Os recursos captados pelo Tesouro Direto são direcionados para o financiamento de áreas como educação, infraestrutura e saúde.

Então, ao investir em títulos públicos, você ganha dinheiro e ainda contribui para o desenvolvimento do país. 

Conheça agora como funciona a aplicação no Tesouro Direto em cada um dos ativos que fazem parte do programa.

Tesouro Prefixado

Há dois títulos prefixados: o Tesouro Prefixado e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. 

Esta categoria possui uma taxa fixa de rentabilidade – por exemplo, 5% ao ano. Nesse caso, você vai receber os 5% todos os anos até a data do vencimento, independentemente das condições do mercado. 

Os prefixados costumam ser recomendados para quem acredita que os juros da economia vão cair no futuro. 

Outra finalidade é quando você precisa investir hoje para atingir um determinado valor até o vencimento. Com a taxa de rendimento fixa, no momento da compra, você já sabe exatamente o quanto irá resgatar no futuro. 

Dessa forma, se você for um investidor mais conservador, esse pode ser o título ideal para você. 

Além disso, com o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, você recebe o rendimento do período a cada seis meses, não precisando esperar o vencimento para poder resgatar o seu capital sem que haja uma possível perda de rentabilidade. 

Tesouro atrelado à inflação

Os títulos atrelados à inflação podem ser classificados como híbridos. Isso porque a taxa de rentabilidade é constituída por uma parte fixa e uma variável. Por exemplo: 3% + IPCA. 

Assim, você sabe que o dinheiro investido renderá de forma fixa os 3%. Mas, como o IPCA está sujeito a variações ao longo do tempo, há momentos em que você receberá mais e, em outros, menos. 

De toda maneira, o Tesouro IPCA+ e o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais oferecem ganho real ao investidor.

Ou seja, você sempre ganha acima da inflação. Dessa forma, eles são ideais para quem quer proteger o dinheiro da desvalorização e manter o poder de compra no futuro. 

Tesouro indexado à Taxa Selic

O Tesouro Selic é o único título público que possui a rentabilidade indexada à taxa Selic. Ele é um dos papéis mais conhecidos do Tesouro Direto, principalmente por conta da sua flexibilidade. 

Esse ativo confere ao investidor o retorno equivalente à taxa Selic. Por isso, podemos compará-lo com investimentos que pagam cerca de 100% do CDI. 

Outra vantagem do Tesouro Selic é a baixa volatilidade. Então, se solicitar o resgate antes do vencimento, você não perde dinheiro.

Sem contar que uma das características principais dessa categoria é que ele sempre rende de forma positiva.

Ou seja, o seu dinheiro cresce constantemente.  Por conta destes fatores, o Tesouro Selic pode ser considerado como um dos investimentos essenciais para todas as carteiras, principalmente para alocar seu capital referente à reserva de emergência.

Dicas para escolher o melhor Tesouro Direto para você

Na hora de escolher o Tesouro Direto ideal, é importante avaliar as características de cada título e, então, definir qual deles melhor atende às suas necessidades.

O Tesouro Selic, por exemplo, é o título do Tesouro Direto com maior liquidez.

Além disso, como ele está atrelado à taxa básica de juros, suas variações são mais previsíveis, o que torna o investimento menos arriscado.

Por isso, se você está procurando uma opção que possa usar como reserva de emergência, vale olhar com carinho para o Tesouro Selic.

Já o Tesouro IPCA + é o único investimento do Tesouro Direto que tem rendimento real.

Ou seja, na sua rentabilidade já está incluída a inflação do período. Portanto, você nunca vai perder dinheiro no Tesouro Direto em decorrência da queda de valor da moeda.

Esse tipo de título é mais indicado para investimento de longo de prazo. Se você possui algum projeto para daqui a alguns anos, como aposentadoria, compra de um imóvel ou poupança para o filho, o Tesouro IPCA + pode ser um bom aliado.

Por fim, temos o Tesouro Prefixado. Esse tipo de título é recomendado para cenários nos quais a taxa de juros está em queda – que é justamente o que acontece neste momento.

Investindo nesse título, você consegue um rendimento fixo, sem efeitos de variações na Taxa Selic. Portanto, pode ter um retorno maior do que no caso dos títulos pós-fixados.

Contudo, a liquidez do Tesouro Prefixado não é das melhores, sendo menos indicado manter o investimento por prazos muitos longos.

Esse tipo de título é recomendado especialmente para investidores com mais conhecimento sobre o mercado e que tenham foco no médio prazo.

Resumindo, então, para escolher o seu Tesouro Direto, é importante avaliar quais são os seus objetivos e quando você pretende resgatar o dinheiro. Isso vai ajudar a escolher a melhor opção.

Você pode usar um simulador de investimento para entender melhor como funciona cada tipo de título, qual o seu rendimento e quais taxas são descontadas.

Relação do Tesouro Direto e a Taxa Selic

Quando a Taxa Selic cai, o rendimento dos produtos de renda fixa, incluindo o Tesouro Direto, se torna menos interessante.

Isso acontece porque, em muitos casos, a rentabilidade desses títulos está diretamente ligada à taxa básica de juros.

Mesmo naqueles que são corrigidos pelo CDI, é preciso considerar que essa referência segue de perto o percentual definido para a Selic.

Então, a queda da taxa para 4,5% torna o Tesouro Direto menos rentável do que já foi, mas ainda acima da poupança, que também é corrigida pela Selic.

Por outro lado, caso você queira vender seu título antes do final do prazo, é importante saber que existe, em muitos casos, uma relação inversamente proporcional entre a Taxa Selic e o preço dos títulos do Tesouro Direto no mercado: ou seja, quanto menor a taxa de juros, maior o valor dos títulos.

A Selic é baseada em operações compromissadas entre as instituições bancárias e o Banco Central.

Por isso, as instituições financeiras usam essa taxa para balizar seus custos de empréstimos, o que afeta todo o mercado.

Assim, quando há movimentos de queda na taxa básica de juros, a tendência é que o preço dos títulos públicos aumente.

Porém, essa relação inversamente proporcional nem sempre acontece.

Por isso, se você está planejando comprar um título e vender antes do prazo, é importante ficar atento às regras e estudar o mercado.

Só com conhecimento e experiência nessas operações poderá saber como ele se comporta nos diversos cenários possíveis.

Vantagens

Assim como acontece com qualquer tipo de investimento, o Tesouro Direto possui pontos positivos e negativos. Eles dependem de uma série de aspectos, tanto em termos financeiros, quanto pessoais. 

Então, quando o investimento no Tesouro vale a pena?

Investir no Tesouro Direto sempre vale a pena.

No entanto, é importante que você entenda que esses ativos podem ser usados em diferentes estratégias de curto, médio e longo prazo.

Assim, o melhor momento para investir no Tesouro Direto é aquele em que os títulos disponíveis estão de acordo com os seus objetivos financeiros.

Por exemplo, se você deseja comprar um carro daqui a 5 anos, é importante contar com uma boa rentabilidade. Verifique quais são os títulos disponíveis e conte com a atuação dos juros compostos.

A grande procura por títulos públicos registrada nos últimos anos se deve principalmente à rentabilidade atrativa, considerando o baixo risco dessa opção. 

Como um investidor preparado, é fundamental que você conheça os principais pontos positivos ou negativos e que os analise em relação aos seus objetivos e ao seu perfil de investidor. 

Então, vamos começar pelas vantagens do Tesouro Direto.

Facilidade

Investir no Tesouro Direto é muito simples e rápido: você só precisa ter acesso à internet e uma conta em uma instituição financeira.

Diariamente, todos os títulos são disponibilizados em horários definidos para a compra e venda.

Risco e segurança

Por que os títulos do Tesouro Direto são considerados mais seguros do que a poupança?

O Tesouro Direto é considerado como um investimento de baixo risco porque ele é emitido pelo governo, que é o órgão máximo do país. 

A possibilidade de quebra do Estado é muito baixa, mais baixa do que a de outras instituições financeiras.

Portanto, é possível considerar que, de maneira geral, o Tesouro Direto é mais seguro do que a poupança.

Liquidez diária

Uma das grandes vantagens de investir no Tesouro Direto é a liquidez diária: isso significa que você pode solicitar o resgate do Tesouro Direto a qualquer momento.

Nesse caso, o próprio governo faz a recompra dos títulos. E em apenas um dia útil, o dinheiro já se encontra disponível na sua conta. 

A liquidez diária permite que o Tesouro Direto seja flexibilizado a diversos objetivos de investimento. Alguns exemplos são fundos de emergência, aposentadoria ou compra de um imóvel.

Acessibilidade

Investir no Tesouro Direto é acessível mesmo para pequenos investidores ou para quem ainda não sabe muito sobre o assunto.

Hoje, com apenas R$ 30,00, você já pode se tornar um investidor de títulos públicos. 

Desvantagens

Agora, vamos falar sobre alguns pontos de atenção importantes ao investir no Tesouro Direto. Antes de escolher um título público e aplicar seu dinheiro, fique atento a possíveis desvantagens do investimento.

Taxas e tributos

Como a maioria dos investimentos, o Tesouro Direto possui custos, que são as taxas e impostos. De acordo com o valor investido e o prazo de aplicação, eles tomam uma parte dos seus ganhos. 

Risco de Venda no Mercado

A rentabilidade do Tesouro Direto, que pode ser um atrativo para muitos investidores, só é garantida se você manter o título até o prazo de vencimento.

Por outro lado, se você precisar fazer uma venda antecipada, corre o risco de receber um valor menor do que pagou.

Os preços dos títulos no mercado flutuam de acordo com as oscilações na taxa básica de juros. Basicamente, quando a taxa Selic sobe, o preço dos papéis diminui.

Nesse cenário, eles valem menos do que você pagou e, ao vendê-los, você pode ter perdas no seu capital.

O inverso também pode acontecer. Ou seja, com a Taxa Selic em queda, você pode conseguir vender seus títulos por um preço maior do que pagou.

Fique sempre atento à marcação a mercado, que nada mais é do que a atualização do preço dos ativos, para saber o quanto você receberia se vendesse seu título hoje.

imagem aproximada de uma pilha torta de moedas

Leia mais: Banco ou corretora, seu dinheiro vale mais aonde?

Dicas para ter Mais Rendimento ao Investir

Um dos objetivos principais ao aplicar no Tesouro Direto é conseguir o melhor rendimento possível. Afinal de contas, tem coisa melhor que ver o seu dinheiro crescendo cada vez mais?

Se você quer aplicar no Tesouro Direto como os grandes investidores, confira estas dicas imperdíveis:

Escolha uma corretora de confiança

Antes de fazer qualquer investimento, é fundamental escolher uma corretora de valores de confiança.

Então, consulte a lista de instituições financeiras autorizadas a ofertar os títulos do Tesouro Direto e conheça também as taxas praticadas por cada uma delas.

Lembre-se também que o suporte da corretora é um fator muito importante, pois é normal ter dúvidas, principalmente se é o seu primeiro investimento. 

 Faça aplicações mensais

Como o Tesouro Direto é bastante acessível, você pode fazer aplicações mensais, por exemplo, de R$ 100 por mês.  Assim, você consegue poupar e investir ao mesmo tempo.

 Quanto investir no Tesouro Direto?

Para começar a investir no Tesouro Direto você precisa respeitar o aporte mínimo, que varia entre R$ 30 a R$ 100, de acordo com o título escolhido.

Além disso, também existe um limite financeiro máximo de compra por investidor que é de R$ 1 milhão por mês por CPF.

Porém, não existe limite para vendas; ou seja, você pode vender o volume de títulos que quiser por mês.

Diversifique sua carteira

Os títulos públicos fazem parte da categoria de renda fixa. Apesar disso, cada um deles rende de forma diferente.

Se você quer obter rendimentos mais atrativos, diversificar os ativos pode ser uma excelente estratégia. Por exemplo, investir 50% em Tesouro Selic e 50% em Tesouro IPCA+.

Desta forma, você aproveita os momentos do mercado. Caso um dos papéis esteja com ganhos menores, é provável que o outro tenha rentabilidade maior. 

Invista para o longo prazo

Investir com foco no longo prazo costuma ser muito vantajoso, porque os títulos com vencimentos mais avançados tendem a oferecer rendimentos maiores.

Desta forma, a volatilidade de curto prazo é minimizada e você recebe exatamente o que foi definido no momento da compra.

Perceba que os títulos com vencimentos longos ainda podem oferecer uma boa oportunidade de venda antecipada. 

Taxas e Custos

Investir no Tesouro Direto traz bons rendimentos, mas há um pequeno custo embutido. Ele é composto por taxas e tributos que devem ser considerados na hora da escolha dos ativos.  

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um dos impostos cobrados pelo investimento em títulos públicos. Ele incide sobre os rendimentos apenas nos primeiros trinta dias da aplicação.

Portanto, se você solicitar o resgate dentro desse período, haverá a cobrança. 

O Tesouro Direto também possui a taxa de custódia. Ela é cobrada semestralmente pela B3 para a guarda dos papéis e a segurança das suas informações pessoais. No ano, ela totaliza 0,25%. 

Por fim, há o Imposto de Renda (IR). Ele incide apenas sobre os rendimentos e de forma regressiva. Ou seja, quanto maior o tempo de investimento, menor a alíquota.

Veja os percentuais abaixo:

Aplicações de até 180 dias: 22,5%

Aplicações entre 181 e 360 dias: 20%

Aplicações entre 361 e 720 dias: 17,5%

Aplicações maiores do que 721 dias: 15%.

Como vemos, investir no Tesouro Direto ainda é uma forma vantajosa de fazer seu dinheiro crescer de maneira segura e consistente.

No entanto, é preciso entender primeiro seu perfil de investidor e ter em mente algumas das desvantagens desse investimento.

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2 Comentários

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