Quando a gente ouve falar de poupança, empréstimos e investimentos sempre fica uma dúvida: o que são essas taxas de juros de bancos que são cobradas?
Uns cobram mais, outros menos, umas taxas são boas e as outras são ruins, mas a dúvida permanece: de onde vêm essas taxas, para que elas servem e como elas podem nos afetar? Se essas dúvidas também pairam sobre a sua cabeça, estamos aqui pra te ajudar! ?
Fique atento que vamos te explicar todas as taxas de juros de bancos pra você ficar craque no assunto!
Leia também: Juros simples e composto, nunca mais tenha dúvidas
O que significam os juros de bancos?
Existe uma cartilha do Banco Central chamada “Juros e Spread Bancário”. Nela constam as perguntas mais frequentes em relação aos indicadores fiscais, dúvidas sobre as funções do Banco Central, títulos públicos e muitas outras.
Segundo a cartilha, “juro é a remuneração do capital devida a quem empresta recursos (emprestador). Os recursos emprestados ficam à disposição do tomador (mutuário) por determinado período, durante o qual o emprestador abre mão de utilizá-los para outra finalidade”.
Ficou confuso? ? A gente traduz!
O juro é como se fosse um “prêmio” pra quem empresta o dinheiro. Se você pega emprestado, você é chamado tomador, então você tem esse dinheiro a sua disposição por um período de tempo. Na hora de devolver pra quem emprestou, essa pessoa não pode sair perdendo, certo? Afinal, ela passou aquele período sem o dinheiro que emprestou pra você. Então são pagos os juros pra que ela tenha uma espécie de recompensa por ter emprestado.
A mesma coisa quando se trata de investimentos. Afinal, quando investimos, também estamos emprestando dinheiro pra alguém, seja para os bancos ou até para o governo. Sendo assim, também queremos receber o nosso prêmio, não é mesmo? Por isso que ao investir, recebemos juros na hora de resgatar o investimento.
Ficou claro? ?
Como são calculados os juros de bancos?
Ainda segundo a cartilha, a fórmula matemática para o cálculo dos juros é: Juros = M – C, onde C é o capital (dinheiro) que é emprestado e M é o montante, que é o capital emprestado somado aos juros.
Já as taxas de juros são calculadas da seguinte maneira: Taxa de juros (i) = [Juros/Capital ] x 100 ou Taxa de juros (i) = [Montante/Capital − 1] x 100.
Podemos até fazer um exemplo: você pegou R$ 10 mil emprestado, pagou em 12 parcelas e no final desses 12 meses percebeu que tinha pago um total de R$ 15 mil. Como saber quanto pagou de juros e qual foi a taxa?
É só colocar na fórmula: Juros = M – C, ou seja, Juros = 15.000 – 10.000 = 5.000. Você pagou R$ 5 mil de juros. Já para a taxa, Taxa de juros (i) = [Montante/Capital − 1] x 100, ou seja, Taxa de juros (i) = [15.000/10.000 – 1] x100 = 50. Você pagou uma taxa de 50% de juros ao ano.
Qual é a taxa de juros de bancos?
Não existe uma regra para os bancos definirem as taxas de juros. No nosso país, eles podem decidir livremente quanto irão cobrar. No entanto, podem ser utilizados alguns critérios como a capacidade de pagamento do cliente ou se ele possui um histórico já na instituição.
Ou seja, os juros podem ser diferentes de pessoa para pessoa e de produto para produto.
No Brasil, existe uma taxa básica de juros, que é a Selic, ou Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Ela é definida pelo Copom, o Comitê de Política Monetária, em reunião com a diretoria do Banco Central.
Quais os tipos de taxas de juros de bancos que existem?
Hoje existem 6 tipos de taxas de juros, cada uma atrelada a uma situação diferente de aplicação. Conheça cada uma delas e como elas se aplicam:
Juros simples
São os juros mais conhecidos e que aprendemos quando ainda somos crianças. É uma operação matemática básica como a que demos de exemplo ali em cima. Ou seja, se você deve R$ 1 mil e a taxa de juros é 30%, independente do números de parcelas, você vai pagar no final R$ 1.300.
É uma taxa de juros, como o próprio nome já diz, simples, não se altera com o passar do tempo e é aplicada diretamente no valor inicial. No entanto, não se costuma usar esse tipo de taxa no mercado financeiro.
Juros compostos
São o tipo mais comum de taxa de juros de banco, já que a maioria das operações financeiras como empréstimos e investimentos utilizam.
Nos juros compostos, a taxa é aplicada sobre o montante de cada mês (lembra que explicamos que montante é o capital investido somado aos juros?). Sendo assim, a cada mês que passa, os juros vão sendo calculados sobre o valor do mês anterior, que já foi acrescido de juros.
Parece confuso, mas é bem simples! Pensa que hoje você deve R$ 1 mil. Mês que vem você deve R$ 1 mil + taxa de juros. No outro mês, você deve R$ 1 mil + taxa de juros do mês anterior + taxa de juros do mês atual e assim por diante.
Claro que, para quem está devendo, os juros compostos são péssimos! ? Mas, para quem investe, eles são uma maravilha! ?
Afinal, imagina só seu dinheiro crescendo e crescendo a cada mês que passa?!
Por isso que, quem pega dinheiro emprestado tem que estar sempre atento a todas as taxas e encargos que incidem sobre o crédito.
Juros de mora
São os juros que incidem em pagamentos atrasados. Ou seja, se você tem que pagar sua conta de luz, por exemplo, no dia 20, quando chegar dia 21 já começam a incidir os juros de mora em cima do valor devido.
São tarifas que normalmente são cobradas diariamente. Sendo assim, quanto mais tempo você deixa sua conta em aberto, mais juros vai pagar no final!
Juros nominais
As taxas de juros nominal são aquelas que ficam descritas nos contratos de empréstimo, de financiamentos ou de aplicações financeiras de um modo geral. Ou seja, representa a rentabilidade das operações, de maneira bruta.
Porém, elas não costumam refletir a realidade do que realmente acontece nessas operações. Isso porque, além dessas taxas de juros, também incidem outras correções como a inflação, por exemplo.
Sendo assim, o ganho nominal só será realidade quando a inflação for zero.
Juros reais
São as taxas de juros que calculam o rendimento real da aplicação, considerando a correção monetária e a inflação.
Essas são as taxas reais que o investidor pode usar para avaliar realmente quando receberá.
Juros rotativos
São as taxas de juros mais altas do mercado, normalmente utilizadas pelo cartão de crédito. Podem ser de até mais de 200% ao ano! ?
Com os juros rotativos, se você paga um valor menor da fatura do cartão, incidem juros para o próximo mês. Agora, se no mês seguinte você também paga menos, incidem juros sobre a fatura que já têm juros! Um horror, não é? Por isso, tem que ficar sempre de olho em quanto você paga de juros no cartão e evitar esse tipo de dívida!
Quais operações possuem taxa de juros?
As principais operações que possuem taxa de juros de banco definidas livremente são:
- Aquisição de bens;
- Capital de giro;
- Cartão de crédito;
- Cheque especial;
- Crédito pessoal.
Já as operações que possuem limite de taxas são:
- Crédito de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
- Crédito imobiliário, rural e habitacional;
Leia também: Empréstimo com juros baixos: quais são e como conseguir
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