Entenda como proceder nessa decisão e como escolher valores
Muitos pais têm essa dúvida: mesada para crianças é uma boa? A verdade é que a resposta para essa pergunta pode depender de algumas questões. Vamos te explicar direitinho o motivo.
Só a mesada, sem uma educação financeira por trás para situar a criança sobre a importância do dinheiro, pode ser perigoso.
Por isso, deve-se enxergar a mesada como uma compensação e um instrumento para inserir na rotina dos pequenos uma conversa saudável e natural sobre o assunto.
A criança deve entender com a mesada sobre o valor do dinheiro, a lidar com ele da melhor forma, a ter noção dos gastos e saber que para conseguir comprar algo, muitas vez, será necessário poupar.
Ou seja, planejamento, já que nem sempre temos tudo o que queremos.
Como estamos falando de crianças, é preciso entender que elas precisam de formas mais lúdicas para aprender sobre dinheiro.
Além desse cuidado, está ainda o de decidir qual é o valor ideal para a mesada e a sua periodicidade.
Todos esses pontos devem ser analisados de acordo com a idade da criança, por exemplo, uma criança menor não entende muito bem a noção de tempo a longo prazo.
Elas são mais familiarizados com o agora e insistir numa abordagem que ignora essas características pode ser frustrante e não surtir os efeitos esperados.
Com qual idade começar?
Ninguém melhor do que os próprios pais para saberem o nível de maturidade do seu filho, mas, antes de iniciar a mesada para crianças, é importante identificar as habilidades das crianças de acordo com a idade.
Em geral, para crianças até os sete anos, é indicado que o assunto dinheiro seja introduzido eventualmente.
É possível ainda associar isso a uma tarefa em família, conjunta. Como o dia de tomar sorvete ou de ir ao cinema.
A partir de sete anos, já pode ser possível transformar essa relação com as finanças em uma quantia semanal.
E, então, até os 10 anos você pode aumentar os valores para a criança receber a cada quinze dias.
Por que a frequência é importante?
Faz diferença dar dinheiro de forma semanal, quinzenal ou mensal?
Sim, se a criança vai demorar mais tempo para receber dinheiro novamente, você vai ter que ensinar a ela que esse dinheiro vai ter que durar por um período e não vai ter mais se ele acabar.
Claro, o valor que a criança vai receber também tem influência nisso.
Veja também: A conta conjunta é a melhor opção para a sua família?
Como definir o valor da mesada para crianças?
É preciso ter cautela para não dar dinheiro demais ou dinheiro de menos. Ensine a criança que esse é um dinheiro dela, que não tem a ver com as despesas que os pais precisam arcar.
Por exemplo, esse é um valor que a criança vai gastar como ela desejar. Em um novo brinquedo que ela queira.
E é possível ainda introduzir a consciência de economia ao colocar metas para que ela alcance.
Algum brinquedo de valor mais alto, por quantos meses ela precisa economizar para ter o necessário para garantir o objeto de desejo?
Com “presentes” no fim das metas, esses ensinamentos ficam muito mais interessantes.
Estabeleça regras importantes
Uma coisa é incentivar que a criança economize para comprar algo que deseja, mas evite oferecer recompensas para ela em troca das obrigações que ela tem que fazer.
O dever de casa, arrumar a cama, dormir na hora certa, manter os brinquedos organizados
Essa associação de obrigação com o dinheiro pode não ser saudável, mas você pode usar essa mesma estratégia de recompensas para atividades extras que a família possa fazer juntas dentro de casaz por exemplo.
Ajudar na jardinagem, a lavar o carro, a dar banho no cachorro. O incentivo de um dinheirinho extra pode ser uma ótima ideia.
Veja também: Como falar sobre dinheiro com crianças e fazê-las entender seu valor
Dê o exemplo!
Lembre-se ainda, ao ensinar sobre educação financeira para as crianças, a sua consciência sobre o tema deve estar bem alinhada ao que prega.
Se os pequenos vivem em um ambiente com as finanças desorganizadas e percebem isso, não vão assimilar as lições tão bem.
Ou ainda quando você os ensina sobre economia, mas pratica na vida doméstica o consumo desenfreado. Se isso está presente no dia a dia da criança ela não vai entender que não pode ter as coisas sempre que quiser.
Você é o primeiro exemplo dos seus filhos, então aproveite para embarcar nessa ideia e começar a colocar todas as contas em dia.
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