Como as políticas monetárias dos bancos centrais impactam as finanças pessoais

Lu do BPC

| 4 minutos para ler

políticas monetárias

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Você já se perguntou como o governo controla a quantidade de dinheiro circulando na economia? ? A resposta é: através das políticas monetárias! De maneira simplificada, a política monetária é um conjunto de medidas que os governos e bancos centrais utilizam para controlar a oferta de dinheiro em um país e, assim, afetar a inflação, a taxa de juros e o nível de atividade econômica. 

Apesar de parecer um tema complexo, vamos ilustrá-lo com um exemplo para ajudar a compreensão do assunto! É possível comparar a política monetária a uma torneira de água. 

Assim como é possível controlar a quantidade de água que sai da torneira, o Banco Central controla a quantidade de dinheiro que circula na economia através de suas medidas de política monetária.

Imagine que a água da torneira representa o dinheiro que circula na economia. Se a torneira está muito aberta, a água começa a jorrar em excesso e pode causar desperdício ou até mesmo uma inundação. Da mesma forma, se há muito dinheiro circulando na economia, pode haver um aumento da inflação, pois a oferta de dinheiro é maior do que a demanda por bens e serviços.

Por outro lado, se a torneira está muito fechada, a água mal sai e pode haver escassez. Da mesma forma, se há pouco dinheiro circulando na economia, pode haver uma desaceleração econômica, pois a demanda por bens e serviços é maior do que a oferta de dinheiro. Assim, a política monetária é como uma regulagem na torneira da economia, ajustando a oferta de dinheiro de forma a evitar excessos ou escassez e manter a estabilidade financeira do país. 

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As principais ferramentas da política monetária brasileira

Atualmente, o Banco Central do Brasil (BACEN) utiliza diversas políticas monetárias para controlar a oferta de dinheiro no país e influenciar as condições financeiras, a fim de atingir seus objetivos de estabilidade de preços e crescimento econômico. Para compreender como as políticas monetárias impactam no cotidiano, é necessário conhecê-las.

  1. A primeira política monetária é a taxa básica de juros, também conhecida como Selic. A Selic é a principal taxa de juros da economia brasileira e é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), órgão responsável por estabelecer as diretrizes da política monetária. A Selic tem um papel fundamental no controle da inflação, pois afeta o custo do crédito e a rentabilidade dos investimentos. Em 2021, a Selic alcançou sua mínima histórica, chegando a 2% ao ano, mas desde então tem aumentado gradualmente, chegando a 8% em fevereiro de 2022.
  1. Outra política monetária é a compra e venda de títulos públicos. Essa política, conhecida como open market, consiste na compra e venda de títulos públicos no mercado financeiro. Quando o Banco Central compra títulos, injeta dinheiro na economia, aumentando a oferta de dinheiro e estimulando o consumo e o investimento. Por outro lado, quando o Banco Central vende títulos, retira dinheiro da economia, reduzindo a oferta de dinheiro e freando a inflação.
  2. Já o depósito compulsório, é um percentual do dinheiro que os bancos devem manter depositado no Banco Central como forma de garantir a liquidez do sistema financeiro. Ao aumentar o depósito compulsório, o Banco Central reduz a quantidade de dinheiro disponível para os bancos emprestarem, reduzindo a oferta de dinheiro na economia e, consequentemente, freando a inflação.
     

Além dessas políticas, o Banco Central do Brasil utiliza outras medidas para controlar a oferta de dinheiro e a inflação, como o controle da taxa de câmbio e o monitoramento da liquidez do sistema financeiro.

A importância de estar atento às mudanças nas políticas monetárias para tomar decisões financeiras conscientes

Estar atento às mudanças nas políticas monetárias é fundamental para tomar decisões financeiras conscientes. Por exemplo, quando o Banco Central decide aumentar a taxa de juros, os custos do crédito também aumentam, o que pode dificultar a tomada de empréstimos pelas pessoas e aumentar o valor das parcelas de dívidas já contraídas. Para contornar essa situação, as pessoas podem optar por buscar alternativas de crédito com taxas de juros mais acessíveis ou renegociar as condições de suas dívidas existentes.

Em contrapartida, quando a taxa de juros está baixa, a busca por investimentos em renda variável aumenta, mas isso envolve um risco maior. Nessa situação, é possível investir em modalidades que oferecem maior rentabilidade, mas com menor risco, como fundos multimercado ou fundos de investimento em renda fixa.

Quando a inflação aumenta, os preços dos produtos também sobem, o que pode reduzir o poder de compra das pessoas. Diante desse cenário, é possível buscar produtos alternativos ou aguardar uma redução nos preços antes de realizar a compra. Além disso, a negociação de preços com fornecedores pode ser uma opção para encontrar valores mais acessíveis.

Quando se trata do valor da moeda nacional, a sua valorização pode favorecer a aquisição de produtos importados com menor custo ou até mesmo incentivar a venda de produtos nacionais para o exterior.

Agora que você já sabe como as políticas monetárias afetam suas finanças pessoais e quais são as principais ferramentas utilizadas pelo Banco Central do Brasil, lembre-se de buscar alternativas de crédito com taxas mais acessíveis, investir em produtos com menor risco e negociar preços são algumas das medidas que podem ajudá-lo a lidar com as variações econômicas. E se precisar de uma ajuda para encontrar as melhores opções de crédito, conte com o Bom pra Crédito! ?

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