Economia comportamental: padrões comportamentais através das decisões financeiras

Lu do BPC

| 4 minutos para ler

economia comportamental

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A economia comportamental é um campo de estudo que tem despertado cada vez mais interesse e curiosidade. Combinando os princípios da economia com a psicologia, ela busca compreender como os indivíduos tomam decisões econômicas. Mas o que exatamente significa “economia comportamental”? Como ela pode ajudar a entender nossas escolhas financeiras? 🤔

O que é a economia comportamental?

Diferentemente da abordagem tradicional da economia, que assume que os indivíduos são racionais e maximizadores de utilidade, a economia comportamental reconhece que fatores emocionais, cognitivos e sociais influenciam nossas escolhas.

Um dos aspectos fundamentais da economia comportamental são os vieses cognitivos, que são padrões sistemáticos de desvio do pensamento racional. Esses vieses podem afetar nossas decisões financeiras, levando-nos a tomar escolhas aparentemente irracionais.

Por exemplo, o viés de confirmação nos leva a buscar informações que confirmam nossas crenças preexistentes, ignorando evidências contrárias. Já o viés da aversão à perda faz com que valorizemos mais as perdas do que os ganhos equivalentes. Esses vieses podem resultar em escolhas financeiras não ideais, como manter investimentos perdedores por muito tempo ou evitar correr riscos mesmo quando há oportunidades favoráveis.

Além dos vieses cognitivos, a economia comportamental também analisa os fatores emocionais nas decisões financeiras. As emoções, como medo, ganância e otimismo, desempenham um papel significativo em nossas escolhas econômicas. O medo de perder dinheiro pode levar à aversão a investimentos arriscados, enquanto a ganância pode nos levar a fazer escolhas excessivamente arriscadas em busca de ganhos rápidos.

Diversos estudos e experimentos têm demonstrado consistentemente a existência desses padrões comportamentais. Por exemplo, pesquisas mostram que as pessoas são mais sensíveis a perdas do que a ganhos de magnitude equivalente, o que é conhecido como teoria do valor relativo. Daniel Kahneman, um dos pioneiros da economia comportamental, recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2002 por seus estudos sobre tomada de decisões sob incerteza. 😯

E aí, você já ouviu falar sobre a economia comportamental? Digite a sua resposta na sessão de comentários, queremos saber o que você pensa sobre o assunto! 😀

Os padrões comportamentais mais comuns

Os padrões comportamentais mais frequentes são um aspecto central do estudo da economia comportamental. Compreender esses padrões ajuda a desvendar os mecanismos que influenciam as decisões econômicas e revela como os fatores comportamentais podem desviar de uma abordagem puramente racional.

Os padrões comportamentais mais frequentes, são:

Viés de aversão à perda

Esse viés indica que, em geral, as pessoas tendem a valorizar mais as perdas do que os ganhos equivalentes. Estudos têm mostrado que a dor emocional de uma perda é mais intensa do que o prazer de um ganho comparável. Esse padrão pode levar as pessoas a tomar decisões mais conservadoras ou a evitar riscos, mesmo quando há potencial para ganhos significativos.

  • Por exemplo: preferir evitar um investimento arriscado, mesmo que tenha potencial para ganhos significativos, devido ao medo de perder dinheiro.

Viés de ancoragem

Esse viés ocorre quando as pessoas são influenciadas por uma referência inicial ao fazer uma estimativa ou tomar uma decisão. Pesquisas têm demonstrado que mesmo quando a âncora é claramente irracional ou arbitrária, ela pode ter um impacto significativo nas decisões das pessoas.

  • Por exemplo: aceitar pagar um preço mais elevado por um produto apenas porque a primeira oferta foi alta, mesmo que o valor real seja menor.

Efeito de rebanho

Esse efeito ocorre quando as pessoas tendem a seguir o comportamento da maioria, independentemente de suas próprias avaliações ou informações. Isso pode levar a decisões em grupo que podem ser irracionais ou desalinhadas com as informações disponíveis. 

  • Por exemplo: investir em uma determinada ação porque muitas outras pessoas estão investindo, mesmo sem uma análise fundamentada dos dados.

Efeito de disposição

A tendência de vender ativos vencedores precocemente e manter os perdedores é um padrão comportamental conhecido como “efeito de disposição”. Esse viés cognitivo ocorre quando os investidores têm a tendência de se desfazer rapidamente de ativos que estão apresentando ganhos, com receio de perder esses lucros.

  • Por exemplo: vender ações que apresentam lucro antes de atingirem seu potencial máximo, mas manter ações em declínio na esperança de que se recuperem.

Viés de excesso de confiança

O viés de excesso de confiança é um padrão no qual as pessoas tendem a superestimar suas próprias habilidades, conhecimentos e capacidades em relação a outras pessoas. Esse viés leva as pessoas a acreditar que estão mais preparadas e têm maior probabilidade de obter resultados positivos do que realmente têm.

  • Por exemplo: acreditar que é possível prever consistentemente o movimento do mercado financeiro e tomar decisões de investimento com base nessa crença infundada.

Viés de disponibilidade

Esse viés ocorre quando as pessoas tendem a dar mais importância a informações que são facilmente lembradas ou acessíveis em suas mentes. Esse viés influencia nossas decisões, levando-nos a confiar mais em exemplos ou eventos que estejam prontamente disponíveis em nossa memória, em vez de considerar informações mais abrangentes ou estatísticas relevantes.

  • Por exemplo: fazer uma avaliação de risco com base em eventos recentes e impactantes, como um colapso do mercado, sem considerar dados históricos mais abrangentes.

Esses exemplos ilustram como os padrões comportamentais podem afetar as decisões financeiras. É importante reconhecer esses padrões para evitar armadilhas e tomar decisões mais conscientes e informadas. Ao compreender esses padrões, é possível buscar estratégias e abordagens que ajudem a tomar decisões financeiras mais alinhadas com os objetivos e interesses.

A economia comportamental tem sido aplicada em diversas áreas, como finanças pessoais, políticas públicas, marketing e gestão organizacional. Compreender como os fatores comportamentais influenciam as decisões financeiras é essencial para o desenvolvimento de estratégias e políticas mais eficazes, promovendo escolhas econômicas saudáveis e melhorando o bem-estar financeiro dos indivíduos. 🤗

Nesse contexto, o Bom Pra Crédito se destaca como uma solução inteligente e estratégica para auxiliar na melhoria do bem-estar financeiro dos indivíduos. Nós buscamos promover escolhas econômicas saudáveis, ajudando os clientes a alcançar maior estabilidade financeira. Acesse agora mesmo o nosso site! 💙 

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