Medida foi instruída pela Base Nacional Comum Curricular por ser um problema cultural no Brasil
Tarefa importante para o futuro, ensinar educação financeira para adolescentes e crianças é essencial para criar neles mais consciência monetária, além de iniciar o contato com a gestão do dinheiro.
Contudo, de acordo com dados da Associação de Educação Financeira do Brasil, a AEF-Brasil, mais de 45% dos jovens na faixa dos 18 aos 24 anos não têm noção de como administrar o dinheiro que recebem.
Com isso, por estarem iniciando a vida profissional, acabam caindo na inadimplência, com o rotativo do cartão de crédito e até mesmo abrindo crediários.
Além disso, em outubro de 2020, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurados mensalmente desde janeiro de 2010 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Brasil alcançou o percentual de 66,5% de famílias endividadas, aumento de quase 2% na comparação com o mesmo período de 2019, quando o índice já era alto e alcançava os 64,7%.
Cenário brasileiro de inadimplência alerta órgãos competentes
Este cenário preocupante acendeu um sinal de alerta para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – documento responsável por definir as aprendizagens necessárias a serem desenvolvidas por todos os alunos da Educação Básica – que decidiu definir como obrigatória a educação financeira no currículo dos ensinos infantil e fundamental das escolas públicas e privadas de todo o Brasil.
Tamanha a urgência relacionada ao tema, a disciplina já configura a lista de documento desses currículos deste ano como um tema contemporâneo transversal e ajudando a compor o currículo da disciplina de matemática.
Para saber mais: Educação financeira infantil: porque você precisa ensinar o seu filho desde cedo
A educação financeira agora é obrigatória nas escolas de todo o País?
Como já comentamos, em 2019, a educação financeira passou a fazer parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tornando-se, assim, conteúdo obrigatório em todas as escolas brasileiras.
O parecer do Conselho Nacional de Educação, homologado pelo MEC, diz que as redes de ensino devem estar adaptadas já em 2020.
Desta forma, independentemente da instituição de ensino ser pública ou particular, há a necessidade implementar as aprendizagens essenciais sobre finanças.
De acordo com especialistas, a estratégia do governo é que desde cedo os cidadãos aprendam a gerir seus ganhos e despesas e passem a influenciar o comportamento dos pais.
Segundo a Associação de Educação Financeira do Brasil, cerca de 24% das crianças que receberam aulas de educação financeira passaram a falar com os pais sobre o assunto.
Porém, é evidente que esse tipo de mudança curricular ainda levará um tempo para ser colocada em prática por completo, ainda mais com a interrupção das aulas, causada pela pandemia do novo coronavírus.
Porém, é importante ressaltar que, mesmo antes de fazer parte da BNCC, a educação financeira já era um tema que vinha recebendo atenção especial em diversas instituições do país.
Tanto é que, em 2018, em parceria com a AEF-Brasil, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criou um curso de especialização nessa área, completamente desenvolvido para capacitar professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio neste tema.
Educação financeira para adolescentes e crianças encontra respaldo da academia educacional
De acordo com especialistas do setor, a entrada de conteúdo relacionado à educação financeira para adolescentes e crianças como disciplina escolar encontra suporte na academia.
Isso ocorre porque a falta de abordagem do tema contribui para a criação de um problema cultural no País, que, a partir de agora, pode aguardar uma possível melhora.
Contudo, ainda de acordo com estudiosos e acadêmicos, para que os alunos absorvam as principais noções e mensagens-chave relacionadas ao tema, o conteúdo deverá ser abordado de acordo com a realidade vivida pelos jovens e suas famílias.
Isso significa que os professores e as instituições de ensino precisarão traçar estratégias para mostrar aos alunos a utilidade do controle das finanças na vida cotidiana.
Como a educação financeira nas escolas pode mudar o futuro dos brasileiros e brasileiras
Dar início à educação financeira desde a infância, junto com as demais disciplinas presentes no currículos escolar, sem dúvida alguma, irá fazer com que os alunos cheguem à vida adulta com amplas noções sobre a importância do dinheiro.
E isso, com toda certeza, pode garantir um desenvolvimento com maior qualidade de vida e saúde financeira, principalmente quando chegarem à vida adulta.
Além disso, para criar a consciência que o dinheiro não pode ser gasto sem um devido planejamento prévio e disciplina, é necessário saber, antes de mais nada, fazer uma análise dos gastos essenciais e organizar as finanças para que seja possível chegar aonde deseja.
É importante mostrar aos alunos que conquistas materiais, como um carro novo, a casa própria, ou até mesmo viagens são possíveis, desde que realmente haja empenho para que os objetivos sejam alcançados.
Por isso é importante criar esta consciência logo cedo, pois muitos jovens crescem sem ter propósitos em suas vidas, sem pensar no futuro, pois costumam achar que tudo ainda está muito longe de acontecer.
Porém, como o tempo passa rápido, é preciso estimular e mostrar cada vez mais aos alunos a importância de pensar e planejar o futuro e para atingir cada novo sonho.
Desta forma, é possível afirmar que este novo olhar sobre as finanças pessoais pode mudar a rotina da própria família dos alunos – por mais jovens que sejam – porque poderá ajudar seus pais, aplicando e colocando seus conhecimentos em prática no dia a dia familiar, ajudando em todo o planejamento dos orçamentos domésticos.
Também pode ajudar: O que é educação financeira e como aprender com ela?
Os diferenciais da educação financeira
A educação financeira não é simplesmente uma disciplina comum, mas deve ser tratada como um conhecimento que será levado para toda a vida e que será repassado de geração para geração, afinal, é imprescindível criar a consciência que o dinheiro precisa ser gasto com planejamento.
Está mais do que claro que os efeitos dessas intervenções educacionais prometem impactos no futuro e tendem a melhorar a maneira como as crianças e os adolescentes vão passar a lidar com o dinheiro, além de serem capazes de tomar decisões financeiras de forma mais responsável.
Somando todos estes fatores, a educação financeira para adolescentes e crianças, por consequência, irá acarretar na diminuição do número de pessoas e famílias inadimplentes no futuro, além de uma maior consciência sobre suas finanças pessoais.
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