A organização financeira é o primeiro passo para evitar dores de cabeça por causa do não pagamento de dívidas
Inadimplência é um termo que vemos com frequência em jornais, conversas com amigos e até mesmo em dicas financeiras. Porém, é comum confundir alguns conceitos que envolvem essa situação. É importante que você entenda como funciona a inadimplência para que seja possível ficar bem longe dela. Por isso, iremos falar e explicar, neste artigo, tudo sobre o assunto. Confira.
O que é inadimplência
O termo se refere às dívidas que não são quitadas dentro do prazo estipulado. Ou seja, o inadimplente é aquele que não conseguiu pagar suas pendências antes da data do vencimento.
Apesar de parecer simples, a inadimplência pode acarretar algumas dores de cabeça, como a interrupção do serviço que está com as contas atrasadas. É possível, também, ter o seu nome em listas de restrição de crédito.
Dívida x inadimplência
É muito fácil crer que esses termos são sinônimos, porém, ter uma pendência não significa, necessariamente, estar inadimplente. O primeiro passo é entender que fazer uma dívida é assumir um compromisso financeiro.
Podemos explicar isso por meio do cartão de crédito. Até que você pague a fatura dele, há uma dívida aberta, o mesmo ocorre com um financiamento de casa ou de carro.
Já a inadimplência acontece quando você não faz o pagamento no vencimento. Não se trata de um atraso, mas sim de não cumprir com um contrato financeiro. A diferença entre os dois termos é o tempo.
Na dívida, o atraso é mais curto em relação ao vencimento. Por outro lado, a inadimplência é considerada, em média, pelo não pagamento após 90 dias do vencimento da conta. Ou seja, todo inadimplente já esteve endividado.
Para aprender mais: Como sair do Vermelho, dicas para liquidar as dívidas
Causas da inadimplência
Segundo dados do Serasa Experian, o número de brasileiros inadimplentes chegou a 63,8 milhões em janeiro de 2020. Isso representa um aumento de 2,6% em relação ao primeiro semestre do ano anterior.
Entenda quais são os fatores que contribuem para esses números:
Desemprego
O desemprego é um dos principais fatores que influenciam no atraso do pagamento de contas. Sem emprego, as pessoas priorizam apenas algumas dívidas, geralmente as mais básicas e necessárias, e atrasam outras.
Diminuição da renda
Esse fator pode ser associado ao primeiro, já que, ao perder o emprego, é normal uma diminuição na recorrência de compras e pagamento das contas. A inflação também influencia nesse ponto, já que o dinheiro passa a valer menos.
Falta de controle financeiro
Esse é um motivo recorrente. A falta de controle financeiro ou de planejamento no orçamento pode ocorrer tanto por compras por impulso, como por falta de conhecimentos sobre educação financeira.
Salário atrasado
O salário atrasado, ou que não é pago, dificulta o pagamento das contas do trabalhador. Com a crise econômica, muitas empresas passam por dificuldades que se refletem no bolso dos trabalhadores. Nesse caso, procure seus direitos.
Parcelamentos
É fácil criar uma ilusão com a compra parcelada. A maior parte da sua renda pode ficar comprometida, te levando a deixar de pagar ou atrasar contas por falta de dinheiro.
Crédito fácil
Atualmente, está mais fácil conseguir um empréstimo e até receber “crédito” extra em bancos. Isso é um atrativo que leva algumas pessoas a gastarem além do que se pode pagar e as chances de inadimplência aumentam bastante.
Consequências da inadimplência
Dentro do mundo jurídico, o que é inadimplência pode ser definido como: quando descumprimos (total ou parcialmente) os termos de um contrato. E, nesse caso, a pessoa pode sofrer uma série de prejuízos, como:
- Multas e juros para o pagamento da conta em atraso;
- Restrição de crédito, com a inserção do nome do inadimplente no SPC e no Serasa;
- Problemas judiciais, como ter os bens penhorados ou ter a conta bancária bloqueada;
- Suspensão dos serviços, como no caso de não pagar água, energia elétrica, telefone, celular, internet, entre outros.
Quando o nome vai para a lista de inadimplentes
A partir do primeiro dia de inadimplência, a empresa para a qual você deve dinheiro pode solicitar a inclusão do seu nome e CPF na lista. Porém, há, primeiramente, o aviso ao setor de crédito.
A instituição envia uma comunicação, que te dá o prazo de 10 dias para regularizar a situação. Somente após esse período é que ocorre a inclusão na lista de inadimplência. Se a dívida for paga antes, o registro não se concretiza.
O nome fica sujo para sempre?
Depois que há a inclusão do seu CPF nos serviços de proteção ao crédito(SPC), o seu nome deixa de ficar sujo no momento que houver a regularização da inadimplência. Caso isso não aconteça, o prazo é de 5 anos.
Mas é importante ter atenção, depois dos 5 anos, o seu nome sai da lista, porém isso não significa que a dívida não existe mais. Ela ainda está lá, faz parte do seu histórico e, para se livrar disso, a regularização é a melhor saída.
Saindo da inadimplência
Mesmo que você tenha se tornado inadimplente, o mundo não acabou e é possível sair dessa, sim. Para isso, é necessário saber como lidar com essa situação para evitar que o problema e suas consequências cresçam.
Saiba quais são as suas pendências
Para se livrar dos débitos, é preciso entender quais são eles. Faça uma pesquisa nos departamentos de crédito e confira quais são as suas dívidas e há quanto tempo elas existem, assim, é possível saber o valor necessário para quitar.
As mais antigas, ou mais caras, vêm primeiro
É mais difícil pagar contas mais antigas e caras. Quando os juros são elevados, o melhor é quitar logo e evitar o crescimento descontrolado. Priorize essas duas situações para sair com mais facilidade da inadimplência.
Negocie as dívidas
Em vez de pagar todo o valor de uma só vez, você pode negociar dívidas e conseguir descontos e condições especiais. Com isso, é possível abater parte dos juros e dividir o restante em parcelas.
Confira também: É verdade que muitas dívidas podem gerar problemas de saúde?
Prevenindo a inadimplência
Entender o que é inadimplência é importante, mas saber como evitá-la é essencial para a sua saúde financeira. Confira abaixo algumas dicas que podem te ajudar a se organizar financeiramente:
- Desenvolva um orçamento mensal: Nele deve incluir todos os seus gastos e ganhos. É importante sempre consultá-la, isso ajuda a evitar pagar mais do que você consegue.
- Analise seus gastos: Faça uma análise de tudo o que você gasta e veja o que pode ser cortado, ou reduzido. É importante eliminar as despesas desnecessárias, como a assinatura de algo que não é mais utilizado, por exemplo.
- Faça uma reserva de emergência: Montar uma reserva de emergência é uma das principais formas de evitar dívidas. Todo mês, deve ser guardado uma quantia determinada, caso ocorra algo fora do planejado, você não terá prejuízos.
- Tenha metas financeiras: Tenha objetivos como quitar dívidas, comprar um carro, viajar para outro país, entre outros. Porém, planeje-se para realizá-lo, evite agir por impulso.
Agora você já sabe ocomo funciona a inadimplência, como sair disso e como evitá-la. Acesse o site do Bom Pra Crédito, siga as nossas dicas, controle os seus gastos e tome as rédeas de sua vida financeira para conquistar os seus sonhos com mais facilidade e segurança.
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