O que é alienação fiduciária? Descubra tudo sobre essa garantia

Lu do BPC

| 5 minutos para ler

O que é alienação fiduciária?

Continua depois da publicidade

banner-zen

Você sabe o que é alienação fiduciária? Se você já ouviu falar sobre o tema, mas ainda tem dúvidas sobre como funciona e suas implicações, está no lugar certo! Vamos explicar detalhadamente o que é a alienação fiduciária e como ela se aplica tanto a imóveis quanto a bens móveis, como veículos.

Entenda de uma vez por todas essa forma de garantia que impacta diretamente a vida financeira de muitas pessoas. 

O que é alienação fiduciária: entenda o conceito

A alienação fiduciária é um tipo de garantia previsto na lei brasileira que acontece quando alguém está comprando um imóvel ou um veículo por meio de um financiamento.

Funciona assim: o comprador (também chamado de devedor) transfere temporariamente a propriedade do bem para o banco (ou outra instituição financeira), que é o credor. Essa transferência é feita como garantia de que o comprador vai pagar a dívida.

Enquanto o comprador estiver pagando as parcelas do financiamento, ele continua usando e possuindo o bem normalmente. No entanto, a propriedade completa só vai ser dele quando ele terminar de pagar todas as prestações.

Caso aconteça de o comprador não conseguir pagar as parcelas e ficar inadimplente, o banco pode tomar o bem e vendê-lo em um leilão para recuperar o dinheiro que emprestou.

É importante saber que mesmo com a transferência temporária da propriedade, o comprador ainda é responsável por cuidar do bem, pagar os impostos, seguro e outras despesas relacionadas a ele.

Essa prática é muito comum no Brasil, e tanto o banco como o comprador se beneficiam dela. O banco tem mais segurança para emprestar o dinheiro, e o comprador tem acesso a crédito com condições mais vantajosas para adquirir o bem desejado.

Como funciona a alienação fiduciária

Agora que você já entendeu o que é alienação fiduciária, é hora de entender com detalhes como essa modalidade de garantia funciona na prática. 

Entenda como funciona tanto a alienação fiduciária de imóveis quanto a de bens móveis, como veículos!

O que é alienação fiduciária?

O que é alienação fiduciária de imóveis

Quando falamos sobre alienação fiduciária de imóveis, tudo começa com a assinatura de um contrato entre o devedor e o credor, onde o imóvel é colocado como garantia. Neste contrato, eles combinam as condições do financiamento, como prazo, taxa de juros e forma de pagamento, de forma justa para ambas as partes.

Assim que o contrato é assinado, o imóvel é registrado em cartório em nome do credor fiduciário. Mas não se preocupe, mesmo com essa mudança de registro, o devedor ainda pode continuar morando e usando o imóvel normalmente, desde que continue pagando as parcelas como acordado.

Durante o período do contrato, o devedor vai pagando as parcelas, e aos poucos, a dívida vai diminuindo. Quando finalmente o devedor quitar todas as parcelas, o imóvel fica livre da alienação fiduciária, e a propriedade completa é transferida definitivamente para o devedor. 

Mas, como em qualquer acordo, é preciso ficar atento aos prazos e obrigações. Se acontecer de o devedor atrasar os pagamentos, o credor pode tomar medidas para resolver a situação. Nesse caso, ele notifica o devedor para regularizar a situação dentro de um prazo específico. Se não for possível resolver, o imóvel pode ser leiloado para quitar a dívida.

O que é alienação fiduciária de bens móveis (Veículos)

Agora ficou mais simples compreender o que é alienação fiduciária de imóveis, mas e quando se trata de veículos, você sabe a diferença?

Quando você decide comprar um veículo por meio de um financiamento, entra em cena a alienação fiduciária, que é um processo parecido com o dos imóveis, mas com algumas particularidades especiais. Nessa jornada, você e a instituição financeira firmam um contrato, registrando o veículo em nome dela, como forma de garantia.

Mas não se preocupe, isso não significa que você vai perder a posse do veículo! Enquanto estiver pagando as parcelas em dia, ele continua sendo seu para usar como quiser. 

À medida que você paga as parcelas conforme combinado, vai se aproximando cada vez mais da conquista da propriedade plena do veículo. Ao quitar todas as parcelas, a alienação fiduciária é liberada e o carro passa a ser 100% seu! 

Claro, como em qualquer contrato, é fundamental manter as parcelas em dia. Se por algum motivo você atrasar os pagamentos, é importante conversar com a instituição financeira para evitar problemas maiores. Em casos extremos de inadimplência, o veículo pode ser retomado pelo credor, mas eles vão tentar encontrar uma solução antes disso, sempre buscando a melhor forma de ajudar você.

Direitos do devedor na alienação fiduciária

Ao optar por uma operação de alienação fiduciária, é essencial que o devedor compreenda seus direitos e deveres para garantir uma relação transparente e segura com o credor.

Direito à posse e uso do bem alienado

Durante o período de pagamento da dívida, o devedor tem o direito de manter a posse e o uso do bem alienado, seja ele um imóvel ou um veículo. 

Direito à regularização antecipada da dívida

O devedor tem o direito de antecipar o pagamento da dívida antes do prazo estipulado no contrato de alienação fiduciária.

Direito de preferência em caso de venda do bem

Caso o credor decida vender o bem alienado durante a vigência do contrato, o devedor tem o direito de preferência na aquisição do mesmo. Essa prerrogativa permite ao devedor adquirir o bem nas mesmas condições oferecidas a terceiros, garantindo uma oportunidade de mantê-lo em sua posse.

Direito a informações claras e detalhadas

O devedor tem o direito de receber informações claras e detalhadas sobre as condições do contrato de alienação fiduciária, incluindo taxas de juros, prazos, valores das parcelas, eventuais taxas administrativas e outros encargos envolvidos na operação.

Direito à notificação prévia em caso de leilão

Em situações de inadimplência, caso o bem seja levado a leilão para quitação da dívida, o devedor tem o direito de ser notificado previamente sobre o leilão.

Vantagens e desvantagens da alienação fiduciária

A alienação fiduciária é uma alternativa atrativa tanto para os credores quanto para os devedores. Confira as principais vantagens e desvantagens dessa modalidade de garantia.

Vantagens da alienação fiduciária:

  • Taxas de juros mais atrativas;
  • Acesso ao crédito;
  • Prazos estendidos;
  • Facilidade na aquisição de bens.

Desvantagens da alienação fiduciária:

  • Risco de perda do bem;
  • Restrição na disposição do bem;
  • Custo adicional com registro;
  • Complexidade contratual.

Ao analisar as vantagens e desvantagens da alienação fiduciária, é importante ponderar suas necessidades financeiras, capacidade de pagamento e grau de segurança em relação ao bem a ser alienado.

Leia também: O futuro das taxas de juros e seu impacto nas finanças pessoais

Quando devo recorrer à alienação fiduciária?

A decisão de recorrer à alienação fiduciária deve ser tomada de forma consciente, considerando a situação financeira individual e os objetivos do devedor. Existem momentos específicos em que essa modalidade de garantia pode ser uma escolha vantajosa, como:

  • Aquisição de bens de alto valor;
  • Necessidade de crédito com garantia;
  • Melhorar o score de crédito;
  • Realizar investimentos;
  • Realizar sonhos e projetos pessoais.

Em todas essas situações, é fundamental que o devedor avalie suas reais possibilidades de pagamento e compreenda todas as cláusulas e condições do contrato de alienação fiduciária.  

E não se esqueça, com o Bom Pra Crédito você pode fazer uma simulação de empréstimo com garantia de veículo de forma 100% virtual.

Gostou de aprender o que é alienação fiduciária e quer continuar acompanhando conteúdos como este? Confira nosso blog e saiba como garantir as melhores escolhas financeiras para conquistar sonhos!

banner-zen

Seja o primeiro a comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *