O que são fintechs?

Lu do BPC

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A tecnologia sempre muda o mundo. Além de facilitar a vida da população, mudar a forma como interagimos e nos comunicamos, ela também cria novos modelos de negócios. Um exemplo são as Fintechs, novas empresas que usam a tecnologia para mudar o mercado financeiro. Neste artigo, você vai conhecer o que são as fintechs e algumas das maiores do Brasil.

As Fintechs são um produto claro da quarta revolução industrial, da qual estamos fazendo parte neste exato momento. Por isso, acompanhamos mudanças tão grandes no mercado. A tecnologia está cada vez mais difundida, o que significa novas possibilidades de negócio e novas maneiras de encantar os clientes.

As Fintechs trazem esta mudança diretamente no nome. Este termo é a junção de Finance e Technology, ou seja, Finanças e Tecnologia. Fica bem claro que seu objetivo é revolucionar o mercado financeiro usando a tecnologia como base. Por isso, surgem inúmeros produtos financeiros graças a esta união.

O sucesso é tão grande, que alguns dos unicórnios brasileiros são fintechs. Para quem não conhece este termo, unicórnios são startups que são avaliadas em mais de U$ 1 bilhão. O nome é muito bem escolhido, pois uma empresa que chega nesse patamar tão rápido é tão raro quanto a criatura mitológica: menos de 1% de todas as startups do mundo se tornam unicórnios.

Estas empresas alcançam um patamar tão alto porque existe uma mudança no mercado, tanto em relação à forma como as pessoas se relacionam com o próprio dinheiro, como na sua demanda por atendimento e serviços mais eficazes.

Não é só as fintechs que passam por este fenômeno. Todas as startups trazem alguma forma de facilitar a vida dos clientes usando a tecnologia. Por exemplo, o talão de cheques já se tornou obsoleto há muito tempo e o papel moeda tem sido cada vez menos usado.

Grande parte dos pagamentos é feito em cartão de crédito ou débito. Com isso, qual é o sentido de ter uma agência física para um banco, por exemplo? O mesmo se aplica aos pagamentos. Se os clientes demandam pagar de forma diferente, os lojistas, por menores que sejam, precisam oferecer soluções de pagamentos que o público espera. Por isso, é comum até mesmo ver barraquinhas de cachorro-quente com maquininhas de cartão.

Além disso, grande parte da população brasileira tem acesso à internet e um smartphone nas mãos o tempo todo. Portanto, porque não usar estes recursos para entregar uma solução de atendimento e consulta financeira que seja mais rápida e eficiente? Ao invés de precisar ir à agência ou ligar, basta acessar o aplicativo para fazer um pagamento, uma transferência ou consultar o seu extrato.

As Fintechs Brasileiras

O Brasil mergulhou de vez na tendência das fintechs. Por isso, são diversas empresas espalhadas por todos os setores que envolvem este mercado. O objetivo é sempre o mesmo, independente do segmento, inovar e trazer uma melhor forma de entregar os seus serviços para os clientes.

Provavelmente a maior Fintech financeira, é o Nubank. Lançado em 2013, é uma das empresas mais inovadoras no mercado financeiro, mudando até mesmo a forma como os grandes bancos se comportam. Em relação ao seu valor do mercado, a “roxinha” é líder absoluta, sendo avaliada em mais de U$ 10 bilhões.

O Neon também é um banco virtual e segue a mesma linha do Nubank. Ser 100% digital, não cobrar anuidade dos clientes e trazer mais facilidade para o público.

No ramo dos pagamentos, existem diversas Fintechs brasileiras. O PicPay é um aplicativo em que o usuário pode receber ou fazer pagamentos usando o saldo na conta da plataforma ou também um cartão de crédito. Este saldo pode também ser sacado.

O PagSeguro é um dos meios de pagamentos mais conhecidos do país. Seu maior diferencial, é atender tanto no online como no offline, sem comprometer a segurança nas transações. A Stone é outro exemplo de uma fintech de pagamentos.

Outra Fintech brasileira interessante é o Conta Azul. Esta é uma plataforma de contabilidade que busca oferecer estes serviços para empresas que não necessariamente podem arcar com os custos de um profissional ou um departamento focado nisso. A Contabilizei tem o mesmo objetivo, promover a contabilidade para micro e pequena empresas.

Como os investimentos são um assunto em alta no Brasil, não poderiam faltar as Fintechs deste segmento. Um exemplo, é a Toro Investimentos, que foi a primeira fintech a abrir na bolsa de valores brasileira. Seu objetivo é trazer mais facilidade e praticidade para os investidores brasileiros. Ela age de forma independente dos bancos e busca oferecer os melhores produtos financeiros para os clientes.

Em relação aos empréstimos existem também as Fintechs deste setor. Nós, o Bom pra Crédito, somos um ótimo exemplo. Ao fazer o cadastro em nosso site, você tem acesso a mais de 30 financeiras, sendo elas fintechs ou dos bancos mais tradicionais, o que nos faz um marketplace de crédito. Onde você pode pesquisar e encontrar o empréstimo com a taxa ideal para você de forma fácil, ágil, poupando seu tempo de precisar consultar as condições de empréstimos das financeiras uma a uma.

A Creditas também é um exemplo de uma Fintech que oferece diretamente os empréstimos. Ela costuma trabalhar com taxas menores do que o mercado, por conta de garantias de imóveis e carros, e é nossa parceira.

A lista de fintechs brasileiras é enorme. Como ficou claro, existem os mais diversos objetivos e nichos que são preenchidos por elas, mas o objetivo é sempre exatamente o mesmo: trazer mais facilidade e praticidade para os clientes através do uso da tecnologia.

Qual é a diferença entre fintech e startup?

Outro termo mencionado muito neste artigo e que tem uma certa ligação com as fintechs, são as startups. Muita gente não conhece esta diferença, mas existe uma distinção.

A confusão surge pois as startups são empresas criadas a partir de modelos de negócios inovadores, que usam a tecnologia, para revolucionar o mercado completamente. Ou seja, é um serviço que sai praticamente do nada, e se torna o dominante no mercado.

Os exemplos de startups de sucesso são inúmeros. O Uber, por exemplo, revolucionou a forma como é feita o transporte de passageiros em todo o mundo. Este ano, fez aniversário de apenas 10 anos da sua criação, gerando mais de U$ 50 bilhões em 2018.

Outro exemplo de uma startup é o iFood. Mais um dos unicórnios brasileiros, o iFood revolucionou a forma como as pessoas pediam comida, se tornou a líder do mercado no seu segmento e uma das empresas mais poderosas no país.

Trazendo para as Fintechs, elas também são startups. Então, basicamente a diferença é que uma fintech é uma startup voltada para o mercado financeiro.

Fintech de serviços financeiros

Dentro das possibilidades das fintechs, existem muitas opções de serviços financeiros prestados por elas. E as fintechs podem seguir diversos caminhos, dentro de um mercado tão rico e diversificado.

Existem as fintechs de pagamento, que facilitam a vida tanto dos usuários como dos empresários e lojistas que precisam vender e movimentar os seus produtos. Isso significa oferecer cartões com mais facilidade, máquinas para pequenas empresas e diversas outras soluções.

Um modelo de fintech diferente é o de crowdfunding. Este modelo de negócio busca fazer o financiamento coletivo para empresas que querem expandir ou para aqueles que buscam começar um negócio.

O bitcoin é uma febre no mundo todo e, em consequência, surgiram as fintechs que ajudam na negociação deste ativo financeiro.

Existem também as fintechs de controle financeiro. Que são aplicativos que ajudam a manter as finanças pessoais ou empresariais em ordem. E muitas outras que fornecem tipos de serviços financeiros distintos, conforme algumas que já citamos, com todas utilizando a tecnologia para solucionar o seu problema e revolucionar o mercado,

Fintechs de Investimento

Como já mencionado acima, existem as fintechs de investimento. Normalmente, elas são entidades separadas dos bancos, que buscam dois objetivos maiores: trazer investimentos mais rentáveis para os seus clientes e facilitar o acesso aos mesmos.

Antes deste tipo os investidores precisavam lidar diretamente com os bancos. Mas, as entidades mais tradicionais buscam apenas oferecer os próprios produtos, evidentemente, o que significa que não necessariamente o usuário está fazendo o melhor negócio. Então as fintechs de investimento existem para cobrir esta situação.

Além disso, o objetivo é oferecer mais facilidade para os investidores. Seja através da disseminação de conteúdo sobre o assunto, de modo a educar a audiência, através de aplicações mais baratas ou por um meio mais prático, que elimina um boa parte da burocracia. Este é um objetivo que praticamente todas as Fintechs tem em comum.

Fintechs de empréstimo

Fintechs de empréstimo

Como já visto, outro modelo enorme de fintechs são as de empréstimo. O objetivo é semelhante, facilitar o acesso e trazer a melhor oferta de empréstimo para o usuário que precisa. Uma forma de fazer isso é usar a tecnologia para facilitar a análise de crédito. Este ponto é importante e é uma burocracia necessária, afinal, as empresas precisam se proteger.

Por outro lado, também é uma ideia que permite encontrar soluções mais vantajosas para os clientes. Da mesma forma que com os investimentos, os bancos tendem a oferecer os seus produtos próprios, o que significa que o usuário não necessariamente está fazendo o melhor negócio.

As Fintechs trazem mais poder de negociação e taxas melhores para que os usuários façam um negócio cada vez maior.

Ficou claro que este é um mercado extremamente rico no Brasil, com empresas que tem muito sucesso e são exemplo em todo o mundo.

O Bom Pra Crédito

O Bom Pra Crédito é uma destas fintechs, voltada para o empréstimo. Nosso modelo busca usar a tecnologia para facilitar a vida das pessoas que precisam de um crédito. Com um único cadastro no site, você consegue consultar mais de 30 financeiras e pode encontrar as condições ideais para você, de acordo com o seu perfil financeiro.

Além disso, usamos a tecnologia para facilitar os processos de análise de crédito. A análise é muito rápida e você obtém ofertas em 5 minutos.

Ricardo Kalichsztein, após passar vinte anos trabalhando no mercado de crédito, percebeu a necessidade de um local em que as pessoas pudessem comparar os produtos de crédito facilmente. Assim, surgiu a ideia do marketplace de empréstimos.

E de lá para cá, o Bom Pra Crédito só cresceu. Foram mais dezenas de milhões de reais investidos em nós, que dobrou de tamanho em poucos anos. Mais de 6 milhões de pessoas já solicitaram empréstimo em nossa plataforma!

Como abrir uma Fintech?

Apesar de todas estas Fintechs que já existem no mercado brasileiro, existe ainda muito que precisa ser feito. O potencial da tecnologia é enorme e o público sempre irá demandar soluções que sejam mais eficazes para o seu trabalho.

Se você tem uma ideia interessante, seguindo a mesma linha de todas as Fintechs, de trazer uma empresa que se preocupa em trazer uma boa experiência para o seu cliente, existe um caminho para fazer isso acontecer.

Primeiro, tudo começa com uma ideia. Neste ramo, é preciso inovar, buscar uma solução para resolver os problemas dos clientes ou tornar um problema que já está resolvido muito mais fácil.

Como vimos acima, todas as fintechs tem um objetivo em comum: diminuir a burocracia e facilitar o acesso aos produtos. Portanto, seguir por esta linha já é um ótimo passo para abrir a sua Fintech. Além disso, não existem ideias ruins.

Quem diria que iria surgir um banco digital que irá colocar medo nas maiores instituições brasileiras? Uma ideia pode dar muito certo, se você trabalhar nela.

Existem muitos nichos que podem ser explorados, a inteligência artificial, a robótica, o blockchain, o big data, são tecnologias que os bancos ainda estão procurando explorar. Se uma fintech surgir com uma grande ideia pode se destacar muito no mercado.

Outro ponto importante é trabalhar para isso acontecer. O livro “Startup Enxuta” é uma ótima forma de aprender como tirar a ideia da Fintech do papel e colocá-la na prática. Você precisa começar aos poucos, não necessariamente ter a empresa toda completa, para entender se realmente existe uma demanda para a sua solução.

Muitas boas ideias são perdidas pois se acredita que é difícil começar. Que é preciso muito dinheiro. Isso não é necessariamente o caso. Ter dinheiro ajuda, é claro, mas você pode começar com a sua ideia aos poucos e ir crescendo e recebendo investimentos de quem acredita no seu negócio. Com a maioria das fintechs é assim.

Por isso, é muito importante o conceito do protótipo. Ou seja, é uma versão menor ou “enxuta” da sua fintech que será entregue apenas para um grupo específico de pessoas. Assim, você viver a taxa de aceitação, garantir que existe demanda e ir melhorando cada vez mais. No momento de expandir, você pode abrir uma rodada de investimentos, já mostrando alguns resultados.

É fundamental também conhecer o que está a sua volta. Conheça bem o mercado e as oportunidades a sua volta. Foi isso que o Ricardo, nosso fundador, percebeu ao idealizar o Bom pra Crédito. Existia um espaço no mercado para uma Fintech que facilita o empréstimo ao cliente final.

Além disso, também é importante conhecer o cliente. O que ele quer? Quais são as suas demandas? Sem saber que o público desejava uma forma de conseguir empréstimos mais fácil, o Bom pra Crédito também não teria existido.

O caminho de uma startup é difícil mas é possível. Basta observar o número de negócios deste modelo que surgiu no Brasil. Por isso, foque na tecnologia, crie um produto e tenha sempre o cliente em mente.

A última parte é a mais difícil. Conseguir o investimento para transformar a ideia em um negócio mais concreto. Por isso, é preciso abrir uma rodada de investimentos. Se abra a possibilidades de investimentos financeiros e também de uma ajuda mais conceitual.

Certos mentores podem, além de dinheiro, contribuir com contatos, conhecimento e informação para ajudar a sua fintech a sair do papel e se tornar uma empresa de sucesso. Não subestime a sua ideia e busque colocá-la na prática. Quem sabe o próximo unicórnio brasileiro está na sua cabeça? Dê a ele a oportunidade de aparecer.

Para conseguir isso tudo, se educar é um ótimo caminho. Busque uma educação mais formal, como um curso, uma pós ou um MBA. Também vale a pena ouvir podcasts, assinar canais de inovação no Youtube. Tudo isso é uma fonte de informação preciosa para você ter mais ideias para a sua Fintech.

Associação Brasileira de Fintechs

Para ter ainda mais ajuda existe a Associação Brasileira de Fintechs. Também chamada de ABFintechs, é um grupo de Fintechs brasileiras que tem o objetivo de gerar mais negócios para os seus membros, auto regular o mercado e, principalmente, promover um impacto social e econômico incentivando o empreendedorismo nacional.

Se você sonha em abrir uma Fintech ou gostaria de trabalhar em uma, se associar é uma ótima oportunidade. Você consegue aumentar o seu networking, garantindo presença em todos os encontros e podendo conhecer mais sobre o mercado com quem faz parte diretamente dele. Além disso, pode encontrar vagas publicar vagas publicadas pelas empresas associadas.

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