Plano de negócios para empreendedores, ele é indispensável à saúde da sua empresa

Lu do BPC

| 7 minutos para ler

jovem empreendedor de terno e gravata saindo de prédio comercial

Resumo da matéria

  • O que é um plano de negócios
  • Iniciando o plano de negócio
  • Análise de Mercado
  • Plano de marketing
  • Mercado Potencial
  • Estratégia Competitiva
  • Plano Operacional
  • Plano Financeiro
  • Dicas para fazer um bom plano financeiro:
  • Investimentos iniciais
  • Custo dos produtos
  • Receitas de vendas
  • Demonstrativo de resultados

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O Plano de negócios vai funcionar como o coração e o pulmão da sua empresa. Sem ele, o sucesso fica ainda mais difícil.

Muitos novos empreendedores acabam passando por várias dificuldades, nos meses iniciais de abertura do negócio, por não se planejarem corretamente. Conheça mais sobre um plano de negócios pronto, para correr menos riscos e ter sucesso!

Além de ter ideias, encontrar um ponto comercial e conhecer os custos, planejar o futuro da empresa é essencial. Para evitar riscos surpresa, a elaboração do plano de negócio é indispensável.

O que é um plano de negócios

O plano de negócio é o instrumento ideal para traçar um retrato do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor.

É por meio dele que você terá informações detalhadas do seu ramo, produtos e serviços, clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, pontos fortes e fracos do negócio, contribuindo para a identificação da viabilidade de sua ideia e da gestão da empresa.

Resumindo: um plano de negócio é um documento por escrito com os objetivos de um negócio e quais os passos que devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo riscos e incertezas.

Um plano de negócio permite identificar e corrigir seus erros no papel, em vez de cometê-los no mercado. 

O plano de negócio é importante tanto para quem está abrindo o negócio quanto para quem está ampliando o empreendimento.

Vale destacar que esse planejamento não elimina os riscos, mas evita que erros sejam cometidos pela falta de análise, diminuindo as incertezas do seu negócio.

O plano de negócio:

– organiza as ideias ao iniciar um novo empreendimento;

– orienta a expansão de empresas já em atividade;

– apoia a administração do negócio, seja em seus números, seja em estratégias;

– facilita a comunicação entre sócios, funcionários, clientes, investidores, fornecedores e parceiros;

– capta recursos, sejam financeiros, humanos ou parcerias.

– como fazer o plano de negócio?

imagem ampliada de calculadora e caneta em cima de anotações e cálculos

Leia mais: Dicas para empreender e lucrar sem sair do bairro

Iniciando o plano de negócio

O primeiro ponto do plano de negócio é a definição do negócio. A definição do negócio corresponde a caracterizá-lo, ou seja, você irá analisar questões como: qual é o ramo de atuação? O porquê da sua criação? Perfil dos clientes? Veja abaixo o que deve conter esse primeiro ponto.

– qual é o motivo da criação da empresa?

– em que ramo atua?

– quem são os clientes/potenciais clientes?

– o que os clientes buscam?

– como serão atendidas as necessidades dos clientes?

Essas questões são as obrigatórias e que não podem faltar nesta primeira parte do plano de negócio.

Caso você entenda que outras informações são adequadas, pode colocá-las também.

Análise de Mercado

Analisar o mercado é uma das etapas para a elaboração do plano de negócios.

É fundamental saber quem são os clientes, concorrentes e fornecedores, além de oferecer quais são os produtos ou serviços que vai oferecer.

Definindo seu público-alvo e como chegar a ele da melhor maneira possível, você economiza recursos, dando um tiro certeiro no seu objetivo. 

Depois de traçar o perfil do público-alvo, é importante pensar no posicionamento do seu produto.

Como ele será visto pelo mercado? É um produto de boa qualidade e com bom custo-benefício? De qualidade e com um preço acima da média?

As informações coletadas vão traçar um retrato do mercado e indicar se a empresa está indo na direção do que desejam os futuros clientes.

Os resultados vão ditar as ações de promoção e marketing para a empresa conquistar o público logo no início da atuação.

– obtenha vantagem diante da concorrência com conhecimento. Sabendo como seu setor se comporta, você terá possibilidades mais extensas de estratégias;

– saiba quais são as forças e fraquezas do mercado em que você está se inserindo (ou já está inserido) e como explorá-las (ou se defender);

– saiba quais são as principais tendências do mercado em dados e estatísticas. Qual a perspectiva de crescimento? Qual o histórico de vendas? Quais as sazonalidades?

Plano de marketing

Marketing é um conjunto de atividades desenvolvidas pela empresa para que atenda desejos e necessidades de seus clientes.

As atividades de marketing podem ser classificadas em áreas básicas, que são traduzidas nos 4 “Ps”: Produto, Pontos de Venda, Promoção (Comunicação) e Preço.

É importante saber o valor que o seu produto carrega, tanto no preço quanto na qualidade, para tomar decisões específicas quando for anunciá-lo. Conhecer o que está vendendo ajuda a convencer outras pessoas a comprá-lo.

O plano de marketing não reside apenas na divulgação do produto, embora esteja incluso, mas também nos fatores que se referem ao produto.

Encontrar os diferenciais do seu produto frente aos da concorrência é talvez o ponto mais importante, juntamente com o preço ideal.

Para encontrar os diferenciais do seu produto, uma dica que costuma funcionar é analisar a concorrência, buscar o que falta neles e integrar ao seu produto.

Já o preço é algo que precisa levar em questão muitos quesitos, como é o caso do custo de produção, lucratividade, diferenciais e o quanto o cliente está disposto a pagar pelo produto/serviço.

Faça um estudo aprofundado de qual é o preço ideal para o seu produto, inclusive, se possível, faça uma pesquisa de mercado junto aos clientes para que lhe digam o quanto estariam dispostos a pagar pelo seu produto.

–  compare seus principais concorrentes com seu negócio e aponte as vantagens e desvantagens de cada um;

– analise desde a comunicação de cada empresa até o atendimento ao cliente;

– sabendo onde estão as fraquezas dos concorrentes, torna-se bem mais fácil explorá-las;

– faça a mesma análise com sua empresa e entenda onde estão os erros e os acertos.

Mercado Potencial 

Aqui costuma ser o ponto em que a maioria dos empreendedores de primeira viagem erra, isso porque descreve o mercado geral e não o que realmente está disponível para eles.

Quando falamos em mercado potencial no plano de negócio tratamos do segmento de mercado que a empresa pode realmente atingir por meio de suas especialidades e rede de contatos.

Leve em consideração como mercado potencial aqueles consumidores que realmente você terá como atingir e não a parcela geral de consumidores que as empresas dividem entre si.

Quais os consumidores que abrirão mão do concorrente para comprar de você?

Quando se faz esse tipo de análise de mercado você consegue identificar fielmente qual será a sua possibilidade de ganho de mercado e dificilmente se afasta muito disso.

Por isso, ao realizar essa análise, provavelmente saberá se o negócio será ou não atrativo para você, podendo ainda desistir e deixar de gastar seus recursos financeiros em algo que não dará certo, na grande maioria das vezes.

Estratégia Competitiva

A estratégia competitiva representa o diferencial que sua empresa possui. Qual é o motivo que os clientes devem comprar da sua empresa e deixar de comprar das concorrentes?

Você precisa de uma estratégia competitiva para conquistar o mercado.

No caso de uma mercado com muitos concorrentes, elenque os diferenciais competitivos de cada um deles. É qualidade? É o preço? É o ponto de vendas (localização)?

Certamente os principais players do mercado terão suas estratégias competitivas.

Plano Operacional

Essa parte do plano de negócio trata do “como fazer”. O plano operacional descreve como a empresa está estruturada: localização, instalações físicas e equipamentos.

O empresário também faz estimativas acerca da capacidade produtiva ou de quantos clientes consegue atender por mês, além de traçar quantos serão os funcionários e as tarefas de cada um.

É importante destacar aqui que entram também os custos operacionais, ou seja, os custos que correspondem ao que será gasto para fazer com que o sistema aconteça corretamente.

Nesse caso, você levará em consideração prestações de serviços de terceiros (contador, por exemplo), água, luz, internet, telefone, salários e encargos dos funcionários do administrativo, aluguel, manutenção de equipamentos do setor administrativo e seus materiais de consumo, comissões de vendas e outros custos que sua empresa vir a ter no operacional.

É muito importante elencar absolutamente todos os custos operacionais aqui, para você não ter surpresas negativas e dor de cabeça lá adiante.

Plano Financeiro

No plano financeiro, o empreendedor terá noção do quanto deve investir para concretizar a empresa. O documento deve responder a quatro perguntas fundamentais:

Quanto preciso investir para sair do papel?

Qual lucro terei?

Quais custos terei?

Quando começo a, de fato, lucrar com meu negócio?

Dicas para fazer um bom plano financeiro:

– apresentar cada item com detalhes, etapa por etapa, para oferecer um panorama inicial de operacionalização do negócio, com o objetivo de evitar desperdícios e otimizar as rotinas;

– os custos pré-operacionais devem ser projetados, identificando o que será necessário adquirir para que a empresa seja aberta, como o aluguel, a reforma do espaço e as taxas de registro;

– a lista de equipamentos (ferramentas e veículos, elementos de que a empresa precisará  para funcionar) entra no grupo dos investimentos fixos;

– nesse momento, deve ser observada a necessidade imediata de cada item ou até mesmo se alguns deles podem ser alugados ou terceirizados.

Nessa fase do plano de negócio você trabalhará com cinco tipos de análises financeiras: investimentos iniciais, custos dos produtos, despesas operacionais (já detalhado anteriormente), receitas de venda e demonstrativo de resultado.

imagem de uma pessoa de camisa cinza fazendo anotações e bebendo café em frente a um computador

Leia mais: Como calcular margem de lucro e saber os retornos dos seus negócios

Investimentos iniciais

Esse investimento analisado deve corresponder a uma projeção de 12 meses, ou seja, anual, caso contrário você terá um cálculo impreciso e, nos primeiros 12 meses, sua empresa ainda não estará consolidada e precisará, provavelmente, de aportes financeiros.

Leve em consideração os seguintes pontos: móveis, equipamentos, reforma do imóvel, veículos, despesas pré-operacionais com a abertura da empresa, estoque inicial, divulgação e outros que entender cabíveis.

Custo dos produtos

Assim como no tópico anterior, descubra o primeiro mês e multiplique por 12, assim terá o valor anual.

Leve em consideração o custo do produto (material), fornecedores, depreciação de equipamentos, salários e encargos dos funcionários do setor da produção, manutenção de equipamentos e logística.

Receitas de vendas

Mais simples do que os custos, a receita de vendas leva em consideração o preço unitário do produto e a projeção de vendas almejadas. Faça isso para um ano.

Demonstrativo de resultados

Agora você irá fazer um demonstrativo dos valores, com isso saberá qual será a estimativa de lucro da empresa.

Siga a seguinte relação: receita bruta, dedução de 21% de dedução (imposto), custos dos produtos vendidos, despesas operacionais, dedução do imposto de renda (1,2%) e terá o lucro líquido anual presumido da empresa.

Pronto, seu plano de negócio está completo! Mas não acaba por aí. Agora, é hora de avaliar cada detalhe e colocar o plano em prática. Lembre-se que o plano de negócio é uma ferramenta de gestão e deve ser revisado periodicamente.

Se você tem dúvidas, mande para a gente! Queremos ajudar você a montar o seu plano de negócios.

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