O que são e como funcionam as ações da bolsa, como investir e quais os riscos de apostar nesse mercado
Como pensamos que a Bolsa funciona
Pense rápido, qual é a primeira coisa que vem na sua cabeça quando pensa em como funciona a Bolsa de Valores? Uma versão muito reforçada em filmes é aquela de muitos homens de terno juntos falando em um telefone.
Talvez, você também pense em dinheiro, em riscos, em ações. Mas, finalmente, o que é e como funciona a Bolsa de Valores? É um mercado organizado onde são negociadas ações de empresas de capital aberto e outros valores mobiliários.
Todo esse processo é intermediado com auxílio de correspondentes de negociações por meio de corretoras.
A Bolsa de Valores brasileira é a B3. Antes ela era conhecida como Bovespa, mas em 2008 se unificou à Bolsa de Mercadorias e Futuros, e passou a se chamar BM&FBovespa.
Quando a BM&FBovespa fundiu à Cetip, ela passou a se chamar Brasil, Bolsa, Balcão. Ou seja, B3.
E você sabe aquela visão que abriu esse texto falando sobre uma possível primeira impressão da Bolsa de Valores?
Talvez você se decepcione, mas os pregões (o sistema de negociação da Bolsa) agora acontecem de forma eletrônica, então aquele estereótipo ficou para trás.
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Como funciona a bolsa de valores?
Vamos entender melhor como atua esse mercado na prática e, de fato, como funciona a Bolsa de Valores.
Uma empresa abre seu capital e disponibiliza ações em troca de dinheiro. Uma ação é a menor parte do capital dessa empresa, ou seja, é um pequeno pedaço dela.
E quem compra essa ação, o investidor, passa a ser um pequeno sócio da empresa.
Essa transação acontece a partir do IPO (Oferta Pública Inicial, em português) da empresa, que é onde são feitas as ofertas de compra e venda.
Esse meio em que a oferta e demanda por esses títulos é delimitada é chamado de mercado primário.
Para comprar e vender ações, é preciso fazer um cadastro numa Corretora ( nome, profissão, endereço, cópias de RG, CPF e comprovante de residência).
Com essas informações, a corretora abre a conta desse investidor na Bolsa e ele está apto a começar a investir.
Para vender as suas ações, o investidor lança uma ordem de venda para os seus títulos dizendo quanto pretende ganhar com elas. Então, o sistema da corretora envia essa ordem de venda para a Bolsa de Valores.
Por sua vez, quem está interessado pode enviar uma ordem de compra especificando o quanto quer pagar naquelas ações por meio da sua respectiva corretora.
Assim, quando as duas partes concordam com os valores, o acordo é fechado no que chamamos de mercado secundário.
Outras formas de comprar ações na Bolsa
Além dessa maneira individual que citamos, em que o investidor apenas informa sua corretora o que ele quer comprar, você ainda pode adquirir ações por meio de Fundos de Investimentos e de Clubes de Investimento.
Nos Fundos de Investimentos, cada investidor tem uma cota, que é a soma de todas as ações que o fundo tem.
Cada fundo tem suas próprias regras, mas todos devem ter um gestor certificado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que coordena as compras e vendas de ações.
Por isso, é muito importante escolher comprar a cota de um Fundo com o qual você se identifica, para não ter surpresas futuras.
Já os Clubes de Investimento são mais informais. Pode ter no mínimo três pessoas e no máximo 50, que contam com um representante (não necessariamente certificado), para dar a ordem de compra ou venda de ações.
É uma forma mais livre de investir, uma vez que o próprio grupo é quem vai definir o quanto e onde irão investir juntos.
Taxas da Bolsa de Valores
Como nem tudo são flores nessa brincadeira de fazer o seu dinheiro render, você vai ter que arcar com algumas taxas para continuar investindo. Por que isso é importante?
Porque fora a taxa de emolumentos, que é cobrada pela Bolsa, o valor de todas as outras varia de acordo com a corretora.
Então, é bom pesquisar tudo isso também antes de escolher a sua. Vamos entender melhor como são cobradas algumas das mais frequentes:
Taxa de administração:
é aplicada anualmente em cima do valor investido no fundo.
Taxa de corretagem:
cobrada sempre que uma ordem de compra ou venda é emitida.
Taxa de custódia:
cobrada mensalmente pela guarda das ações.
Taxa de emolumentos:
essa você paga à Bolsa, ela é calculada em cima do valor de compra ou venda de ações.
Taxa de performance:
cobrada quando o fundo supera a rentabilidade esperada.
Quais são os riscos de investir na Bolsa?
Caso você ainda não saiba, esse tipo de investimento não é exatamente considerado uma modalidade conservadora.
Por isso, apresenta alguns riscos e o primeiro deles é a falta de Liquidez, que pode acontecer caso você não consiga vender ações que comprou de empresas pouco negociadas.
O conceito de liquidez se resume na facilidade que um ativo tem de ser convertido, ou seja, é a agilidade com que um investimento que você faz se transforma em dinheiro sem perda significativa do seu valor.
Para evitar essa falta de liquidez, é importante saber o que está fazendo. Pesquisar bastante e contar com o ajuda da sua corretora para não entrar em nenhuma furada.
Outro risco é o da desvalorização do ativo, que é quando uma empresa vai mal e a ação que você comprou cai e você não recupera o investimento.
Por mais que seja arriscado, uma vez que os valores de todas as negociações são variáveis, existem meios de minimizar riscos. Quais?
O mais indicado é o de manter a sua carteira de investimentos bem diversificada, assim pode sempre contar com algo que vai bem para segurar as pontas de aplicações que vão mal.
Para fazer o seu capital inicial e entrar com tudo no meio dos investimentos, há sempre a possibilidade de considerar um empréstimo pessoal.
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