Se você já contratou um crédito com desconto direto na folha de pagamento e agora precisa reorganizar o orçamento, o refinanciamento de empréstimo consignado pode ser uma alternativa viável.
Neste artigo, vamos explicar em detalhes como funciona o refinanciamento, quem pode solicitar, o que é preciso para contratar, quais os prazos e instituições que oferecem essa possibilidade.
Se esse é o seu caso, continue com a gente e tire todas as suas dúvidas sobre o refinanciamento de empréstimo consignado na prática.
O que é refinanciamento de empréstimo consignado?
O refinanciamento de empréstimo consignado é uma operação que permite renegociar um contrato já existente.
Ao refinanciar, o consumidor mantém o empréstimo atual, mas atualiza o saldo devedor com novas condições, como mais prazo para pagar, parcelas menores ou até mesmo um valor adicional liberado.
Essa alternativa é bastante usada por quem precisa reorganizar o orçamento sem comprometer o limite de crédito. Diferente de contratar um novo empréstimo, o refinanciamento reaproveita a estrutura do contrato original, o que costuma facilitar a aprovação e reduzir os custos envolvidos, como juros e taxas.
Vale lembrar que o consignado é descontado diretamente da folha de pagamento ou benefício, o que diminui os riscos para os bancos e torna o refinanciamento uma opção com condições mais acessíveis, especialmente para aposentados, pensionistas, servidores públicos e trabalhadores com carteira assinada.
Quem pode refinanciar um empréstimo consignado?
O refinanciamento de empréstimo consignado está disponível para os mesmos perfis que podem contratar essa modalidade de crédito inicialmente.
Isso inclui aposentados e pensionistas do INSS, servidores públicos, militares das Forças Armadas e trabalhadores com carteira assinada em empresas conveniadas com instituições financeiras.
Para refinanciar, o contratante deve já possuir um empréstimo consignado ativo e ter pago uma parte mínima das parcelas — geralmente, ao menos 15% do contrato original, embora isso possa variar de acordo com o banco.
É necessário ainda que haja margem consignável disponível, ou seja, espaço dentro do limite máximo permitido por lei para desconto direto na folha (35%, sendo 30% para empréstimos e 5% para cartão consignado).
Vale consultar as condições específicas de cada instituição financeira, pois algumas exigem o pagamento de um número mínimo de parcelas antes de permitir o refinanciamento, enquanto outras liberam a negociação assim que houver margem suficiente.
Quais são as vantagens e desvantagens do refinanciamento de consignado?
O refinanciamento de empréstimo consignado pode ser uma boa alternativa em momentos de necessidade, mas é essencial avaliar os prós e contras antes de tomar essa decisão.
Vantagens:
- Taxas de juros mais baixas: continuam sendo mais acessíveis do que as de empréstimos pessoais convencionais.
- Liberação de troco: o valor já quitado pode ser devolvido parcialmente ao contratante, como uma nova entrada de dinheiro.
- Parcelas menores ou prazo estendido: é possível reduzir o valor da parcela mensal, aliviando o orçamento.
- Facilidade na contratação: o processo costuma ser mais simples, já que o cliente tem histórico com o banco e a margem consignável já está definida.
Desvantagens:
- Ampliação do prazo da dívida: pode significar pagamento de mais juros ao longo do tempo.
- Comprometimento da renda: mesmo com parcelas fixas, o desconto em folha impacta diretamente a renda líquida mensal.
- Risco de endividamento cíclico: sem planejamento, o refinanciamento pode se tornar uma solução recorrente e prejudicial.
Por isso, é essencial fazer simulações e considerar se o refinanciamento é realmente a melhor opção para o seu momento financeiro.

Como solicitar o refinanciamento de empréstimo consignado?
Solicitar o refinanciamento de empréstimo consignado é um processo relativamente simples, mas exige atenção a algumas etapas importantes. Tudo começa com o contato direto com o banco ou a instituição financeira que concedeu o crédito original.
A maioria das instituições oferece a solicitação de forma online, por aplicativos, sites ou centrais de atendimento. Também é possível realizar o processo presencialmente, em agências ou correspondentes autorizados.
Após o pedido, o banco realiza uma análise do saldo devedor atual, das parcelas já pagas e do valor que pode ser refinanciado. Com base nisso, uma nova proposta é gerada, contendo os novos prazos, taxas e condições do contrato.
Se houver valor disponível de troco, ele será informado no momento da renegociação. O cliente precisa então assinar o novo contrato — digital ou fisicamente — para que o refinanciamento seja formalizado.
Importante: só é possível refinanciar se parte das parcelas já tiver sido quitada e se houver margem consignável disponível.
Quanto tempo demora para liberar um refinanciamento consignado?
O prazo para liberação do refinanciamento de empréstimo consignado pode variar de acordo com a instituição financeira e o perfil do cliente, mas costuma ser rápido. Em média, leva entre 3 e 7 dias úteis para o valor refinanciado estar disponível na conta.
Esse tempo depende de alguns fatores:
- Validação de dados e documentos: se estiver tudo certo, o processo anda mais rápido.
- Análise de crédito e margem consignável: a instituição precisa confirmar se o cliente está apto a refinanciar.
- Assinatura do contrato: em refinanciamentos digitais, essa etapa pode acontecer no mesmo dia.
Além disso, quando há troco disponível, o valor costuma ser liberado junto com a contratação, após todas as etapas de validação. Por isso, é importante acompanhar o processo com a instituição e garantir que todas as informações estejam corretas.
Como funciona o troco no refinanciamento consignado?
O “troco” no refinanciamento de empréstimo consignado é o valor que sobra após quitar o saldo devedor do contrato atual. Esse montante é liberado ao cliente como novo crédito, mantendo-se a mesma ou uma nova parcela, com prazo estendido.
Funciona assim:
- A instituição calcula quanto ainda falta para quitar o empréstimo atual.
- É feito um novo contrato, de valor maior, que quita o anterior.
- A diferença entre os dois valores é o troco – que vai para a conta do cliente.
Esse troco pode ser usado para qualquer finalidade, desde organizar as finanças até cobrir imprevistos. Mas é importante lembrar: ele não é “dinheiro grátis”, e sim parte de um novo empréstimo com parcelas e prazos estendidos.
Por isso, é essencial simular com atenção e avaliar se o refinanciamento com troco faz sentido para o seu orçamento.
Quem pode solicitar o refinanciamento consignado?
O refinanciamento de empréstimo consignado está disponível para o mesmo público que tem direito ao consignado tradicional. Isso inclui:
- Aposentados e pensionistas do INSS
- Servidores públicos ativos e inativos
- Militares das Forças Armadas
- Trabalhadores com carteira assinada, em empresas conveniadas
- Beneficiários do BPC/LOAS (em alguns bancos)
No entanto, para solicitar o refinanciamento, é necessário já ter um empréstimo consignado ativo e com parte das parcelas quitadas.
A maioria das instituições exige o pagamento de pelo menos 15% a 30% do contrato original para permitir a renovação.
Além disso, é fundamental manter margem consignável disponível e estar em dia com os pagamentos anteriores. Em geral, o processo é simples, mas exige atenção às condições e taxas.
Refinanciamento de empréstimo consignado para MEI ou lojistas: é possível?
Empreendedores com CNPJ, como MEIs e donos de ecommerces, não costumam ter acesso direto ao refinanciamento de empréstimo consignado, já que essa modalidade é voltada a pessoas físicas com renda fixa, como aposentados ou servidores públicos.
Para quem empreende, a alternativa costuma ser o crédito empresarial. Esse tipo de empréstimo considera o histórico da empresa, movimentações financeiras, tempo de atividade e o faturamento mensal para aprovar e calcular valores e taxas.
A principal diferença entre o consignado e o crédito para CNPJ está na forma de pagamento. Enquanto o consignado é descontado diretamente da folha de pagamento do tomador, o crédito empresarial é pago via boleto ou débito agendado, com maior flexibilidade — mas também com juros normalmente mais altos.
MEIs e lojistas que precisam de capital para investir no estoque, marketing ou fluxo de caixa podem buscar linhas de crédito em fintechs, bancos tradicionais ou agências de fomento ao empreendedorismo, como o Sebrae e BNDES.
Refinanciamento com consciência: avalie antes de contratar
O refinanciamento de empréstimo consignado pode ser uma alternativa útil para organizar as finanças, reduzir parcelas ou conseguir um valor extra. Mas é essencial entender bem as condições envolvidas antes de contratar.
Compare taxas, avalie o Custo Efetivo Total (CET) e verifique se essa é a melhor opção para seu momento financeiro. Lojistas e MEIs devem ficar atentos: pode haver alternativas mais vantajosas em linhas de crédito voltadas para empresas.
Mais do que buscar crédito, é importante manter o controle financeiro e o planejamento do seu negócio. Isso ajuda a evitar dívidas desnecessárias e garante decisões mais estratégicas para o crescimento do negócio.
Obrigado por acompanhar até aqui! Se você quer continuar aprendendo sobre crédito, finanças e e-commerce, visite o blog do BPC — tem muito conteúdo útil esperando por você.