Entenda como funciona essa questão e o que você tem a ganhar
Tomar empréstimos é algo já conhecido pelo brasileiro, capaz de fazer com que ele tenha uma ajuda importante para sua vida financeira. Porém, usar o imóvel como garantia é menos comentado por aí.
O fato é que este assunto é bastante interessante para quem está interessado em pegar um empréstimo, já que é possível ter acesso a taxas de juros bem menores do que em outras modalidades, o que o transforma em uma ótima oportunidade;
Além disso, o Banco Central está planejando algumas mudanças que devem tornar a alternativa ainda melhor do que já é atualmente. Por isso, vale a pena ficar de olho nas últimas novidades e atualizações.
Continue conosco para aprender tudo o que precisa saber sobre essa modalidade de empréstimo!
Leia mais: Vale mais a pena comprar ou alugar um imóvel?
O que é o empréstimo com imóvel como garantia?
É uma modalidade em que o cliente contrata o empréstimo e coloca sua casa ou apartamento como garantia, o que dá a ele condições bem mais vantajosas e interessantes do que se tivesse escolhido outra modalidade. Os bancos chamam este tipo de empréstimo de home equity.
Brevemente, é importante que você entenda um pouco mais sobre como funciona o empréstimo para pessoa física. Independentemente de qual seja a modalidade escolhida, a instituição financeira precisa ter uma garantia de que receberá os valores acordados.
É perfeitamente compreensível que isso aconteça. Imagine, por exemplo, que seja contraído um empréstimo de R$ 15 mil para ser pago em 60 meses. A instituição precisa ter algo que traga segurança a ela, de modo que o negócio seja vantajoso.
No caso dos empréstimos convencionais, em que não há nenhum bem usado como garantia, pode-se dizer que os juros garantem o pagamento (além de serem necessários para arcar com os custos de funcionamento daquele estabelecimento, entre outras aplicações).
Portanto, quando analisamos por este ponto de vista, os juros compostos atuam como uma forma de a instituição financeira se proteger e garantir que terá o seu pagamento em dia.
Porém, quando existe algum bem atrelado ao empréstimo, esses juros são menores, já que há uma segurança muito maior por parte de quem oferta o crédito (o credor). É justamente isso que acontece com o imóvel como garantia: é ele quem garante que o credor não sairá no prejuízo.
Quando o imóvel é usado como garantia, passa a existir uma situação chamada de alienação fiduciária. Resumidamente, é feito um contrato entre a instituição financeira e o consumidor em que a propriedade do imóvel passa a ser da financeira até que o empréstimo seja quitado.
Você continua morando no imóvel normalmente, com a diferença de que, “no papel”, ele não é mais seu, mas sim da financeira. A partir do momento que o empréstimo tiver sido quitado, então a propriedade do imóvel é devolvida para você e tudo continua quando era antes.
Se você já se perguntou o que é um carro alienado, é justamente isso. Quando o veículo é financiado, sua propriedade é da instituição financeira até o momento da quitação. Quando ele é usado como garantia em um empréstimo, o veículo também passa a estar alienado até que este seja quitado.
Cabe ressaltar que apenas 60% do valor do imóvel pode ser financiado, ou seja, se ele vale R$ 300 mil, pode servir como garantia para empréstimos de até R$ 180 mil.
Compensa usar o imóvel como garantia em um financiamento?
Com certeza! Isso permite que os juros sejam muito menores do que seriam caso não houvesse garantia naquele financiamento, ou seja, o consumidor é bastante beneficiado.
Quem sabe o que é empréstimo consignado entende que esta modalidade tem taxas de juros bastante atrativas porque as parcelas já são descontadas do salário, ou seja, o pagamento torna-se bem seguro.
Quando se usa um imóvel como garantia, as taxas são ainda melhores!
É importante que esta modalidade de crédito seja contratada depois de um bom planejamento, já que é preciso arcar com as parcelas para não correr o risco de perder a propriedade de um bem tão valioso quanto sua casa ou apartamento, mas quando usada com sabedoria, é super vantajosa.
O que o Banco Central pensa em mudar nos empréstimos com casa ou apartamento como garantia?
Duas coisas: a quantidade de empréstimos e o direito de propriedade do imóvel.
Quantidade de empréstimos
De acordo com a legislação atual de alienação fiduciária, cada imóvel só pode estar atrelado a uma operação, ou seja, a um empréstimo com imóvel como garantia.
O objetivo do Banco Central é que isso mude e que a situação fique parecida com o que acontece com as hipotecas em outros países, em que o mesmo imóvel pode ser dado como garantia em diferentes empréstimos.
Essa seria uma oportunidade interessante para quem precisa recorrer à contratação de crédito, mas que eventualmente já tenha uma operação neste sentido que ainda não tenha se encerrado.
Direito de propriedade do imóvel
Outra mudança bastante significativa é que o Banco Central estuda como tornar viável a transferência de propriedade compartilhada.
É como se no caso de diferentes empréstimos usando o imóvel como garantia, cada credor ficasse com “uma fatia” do imóvel, não com toda a propriedade.
Leia mais: Como alugar imóvel sem medo da análise de crédito
Empréstimo com garantia de imóvel: uma alternativa viável para suas finanças
Os empréstimos servem para ajudar sua vida financeira, e aqueles que aceitam um imóvel como forma de garantia tornam-se oportunidades ainda mais interessantes para quem deseja economizar nos juros.
Por outro lado, a alternativa demanda uma grande consciência financeira, já que é o seu imóvel próprio que estará sendo usado como garantia, algo que tem muito valor material e sentimental.
Quando se faz um bom planejamento e se tem certeza de que será possível arcar com as parcelas, a garantia do imóvel é ótima para cortar uma parcela significativa dos juros e, assim, fazer com que você economize bastante no final das contas.
Até o momento, não se sabe quando os novos planos do Banco Central sobre os empréstimos com imóvel como garantia entrarão em vigor.
Portanto, vale a pena ficar de olho para saber quando passarão a valer, o que influenciará na sua tomada de crédito.
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